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Meio Ambiente

Federação sugere equilíbrio em lei para garantir lucro a produtores pantaneiros

Famasul defende tripé sustentável, social e econômico na criação da Lei do Pantanal em Mato Grosso do Sul

Jhefferson Gamarra e Jackeline Oliveira | 18/08/2023 13:10
Presidente do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni, durante coletiva de imprensa na última semana (Foto: Juliano Almeida)
Presidente do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni, durante coletiva de imprensa na última semana (Foto: Juliano Almeida)

Em meio às discussões iniciais para a criação da aguardada Lei do Pantanal em Mato Grosso do Sul, a Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de MS), que representa a classe de produtores rurais, propõe um equilíbrio entre os pilares sustentável, social e econômico na elaboração do projeto voltado para a produção sustentável do bioma pantaneiro.

O presidente do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni, ressaltou que o Brasil dispõe de legislações ambientais rigorosas, enfatizando a importância da conservação dos recursos naturais. Ele destaca que o Pantanal é o bioma mais preservado do país, com 85% de área protegida. Para assegurar essa marca de preservação, Bertoni enfatiza a necessidade de fornecer garantias aos produtores rurais que atuam na região e contribuem com a preservação.

"Nas propostas que estão sendo apresentadas só estão considerando o aspecto ambiental, que é muito importante por sinal, mas não pode sobressair ao aspecto social que garante qualidade de vida às pessoas que vivem no Pantanal com acesso a saúde, educação e emprego por exemplo, e nem sobre o aspecto econômico que garantirá que os demais aspectos possam ser cumprimos", argumenta Bertoni.

Diante desse panorama, a Famasul propõe uma solução que proteja o produtor, como a criação de mecanismos de pagamentos por serviços ambientais. Esse modelo recompensaria financeiramente aqueles produtores da região pantaneira que se dedicam à conservação ambiental, reconhecendo o valor de sua contribuição para o bem-estar coletivo.

"A remuneração por esses serviços ambientais prestados tem que ser condizentes com os valores que o produtor teria se tivesse desenvolvendo uma atividade econômica na área", sugere o representante da classe produtora.

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