Menos intenso que último temporal, próximo fim de semana pode ter chuvas fortes
Meteorologista diz que Capital deve ter forte ação da chuva no próximo domingo, mas menor que semana passada
A previsão do meteorologista Natálio Abrahão é de que o próximo final de semana seja de chuvas fortes em regiões do Estado, sobretudo em Campo Grande, mas que a intensidade será menor do que a verificada na última semana.
Segundo ele, é provável que nos próximos dois dias, Mato Grosso do Sul tenha uma certa estabilidade no tempo. “De hoje até quinta-feira, tempo bom. Vai ter muita variação de nuvens, pode até chover, mas deve ser bem pouco”.
Entretanto, diz, a variação deve ocorrer a partir da sexta-feira (22), com maior possibilidade de chuvas. “Na sexta-feira, as áreas de instabilidade começam a ganhar força novamente e pode ter formação de chuvas mais carregadas. No sábado, a mesma coisa”.
Abrahão ressalta que o tempo deve se fechar com mais intensidade no domingo (24) e perdurar até, pelo menos, a segunda-feira (25). “E no domingo, tempo fechado e nublado, com possibilidade até de chuva forte, principalmente, em Campo Grande e Três Lagoas”.
Pode ter vento forte, mas não igual ao que tivemos na semana passada”, diz Abrahão.
O meteorologista da Uniderp (Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal) não descarta chuva em outras regiões sul-mato-grossenses, mas enfatiza que a Capital deverá concentrar boa parte do fenômeno. Em geral, a temperatura deve permanecer quente.
Extremos climáticos - Nesta manhã, o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) ainda fez um alerta de perigo potencial de chuvas intensas em alguns municípios situados na região nordeste do Estado. Contudo, outras notificações não foram feitas para os próximos dias, de acordo com o órgão.
Neste ano, o território sul-mato-grossense já enfrentou situações climáticas distintas. De acordo com o meteorologista do Inmet, Francisco de Assis, em entrevista à BBC News Brasil, tais ocorrências podem ser justificadas pelo aumento geral da temperatura, provocado pelo aquecimento global.
Em geral, os extremos climáticos ocorrem pelo aumento na emissão de dióxido de carbono (CO2). Tais gases vêm, em maioria, a partir da queima de combustíveis fósseis, queimadas e desmatamentos, e até mesmo da pecuária. "Isso está associado à alta variabilidade climática e aquecimento global, que causam esses extremos”, diz Assis.
Segundo a Nasa (Administração Nacional do Espaço e da Aeronáutica), agência espacial dos Estados Unidos, a temperatura do planeta tem aumentado nas últimas décadas, sobretudo após o advento substancial das industrialização.