Por dia, mais de 3 animais silvestres invadem casas e comércios da Capital
PMA orienta que a população não tente capturar ou alimentar animais e evite deixá-los acuados
Funcionária da limpeza levou um susto ao encontrar gambá dentro de balde na área de serviço de salão de beleza localizado na área central de Campo Grande, por volta das 6h da manhã. Ao recolher o lixo, se deparou com o animal silvestre, que parecia estar dormindo ou preso, e entrou em pânico.
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A capital de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, registrou 550 ocorrências envolvendo animais silvestres no primeiro semestre deste ano. Desse total, 176 animais foram resgatados saudáveis e 131 apresentavam ferimentos. Aves lideram os resgates, seguidos por mamíferos e répteis. A Polícia Militar Ambiental alerta para que a população não tente capturar ou alimentar esses animais. Entre os casos recentes, um gambá foi encontrado em um salão de beleza, assustando funcionários. O animal, inofensivo, foi recolhido e será devolvido à natureza. A PMA reforça que o resgate só é necessário quando o animal está ferido ou representa risco. Além disso, cobras como sucuris e jiboias também têm sido encontradas em áreas urbanas, muitas vezes após "pegarem carona" em veículos vindos de zonas rurais.
A equipe do salão acionou o Corpo de Bombeiros, que orientou a entrar em contato com a PMA (Polícia Militar Ambiental), responsável pelo resgate de animais silvestres. Segundo o cabeleireiro Leonardo Martinez, que trabalha no local, a equipe seguiu as instruções e enviou foto do gambá à PMA. “As meninas se assustaram, a moça quase passou mal. Agora já sabemos como agir caso ocorra de novo”, contou.
O sargento Wagner da Silva Azevedo, que coordenou a ocorrência, explicou que o animal não conseguia sair por conta própria e, por estar em área com circulação de pessoas, foi recolhido. “Ele não é agressivo, mas se sentir ameaçado, pode morder. Vamos devolvê-lo à natureza”, explicou o policial. Segundo ele, os gambás são animais de hábitos noturnos e, muitas vezes, invadem áreas urbanas em busca de alimento.
Convívio urbano - De janeiro a junho deste ano, a PMA registrou 1.513 ocorrências com fauna silvestre na Bacia do Paraguai, sendo que 277 animais estavam saudáveis e 158 apresentavam ferimentos. Na Capital, foram 559 ocorrências, mas de 3 casos por dia, com 176 animais resgatados em boas condições e 131 feridos. As aves lideram os resgates (59%), seguidas por mamíferos (24%) e répteis (17%). Em 20% dos casos, os animais não precisaram ser capturados.
A PMA orienta que a população não tente capturar ou alimentar animais silvestres e que evite deixá-los acuados. “Nem sempre a melhor solução é o resgate. Muitas vezes é só deixá-los seguir o caminho”, explica o sargento. A recomendação é acionar a PMA apenas quando o animal estiver ferido, preso ou representar risco.
Além de gambás, outras espécies têm sido encontradas em locais urbanos, como cobras. Em abril, uma sucuri de 50 centímetros foi resgatada após se esconder no motor de um carro. O dono do veículo acredita que o animal tenha “pegado carona” de uma chácara na área rural. Também houve registro de jiboia em quintal de casa e cascavel em loja de utilidades.
A PMA reforça que não realiza ações como destelhamento ou abertura de forros para capturar os animais. Esse tipo de intervenção deve ser feita por profissionais contratados pelo proprietário do imóvel. Já em caso de animal silvestre morto, o serviço deve ser acionado à Solurb (0800-647-1005 ou WhatsApp (67) 99647-1005), em Campo Grande, ou à equipe responsável designada por cada município no interior do Estado.
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