Por um clique das capivaras, visita ao Lago do Amor vira rotina de famílias
O local fica no meio da cidade, mas representa um pedacinho de mato onde, apesar do barulho dos carros, elas podem passear tranquilas e até ser atração turística. As capivaras, o maior roedor brasileiro, já são parte da paisagem urbana de Campo Grande e chamam a atenção de crianças e adultos no Lago do Amor, a ponto de as pessoas irem ao local para ver e fotografar os bichos.
O caminhoneiro Adiel Freitas, 52 anos, é um desses que, sempre que pode, aproveita a brisa que sopra às margens do lago. Como ele, é possível ver famílias inteiras aproveitando o lugar para passear e fotografar as capivaras todo fim de tarde.
No caso de Adiel, ele costuma frequentar o lago antes mesmo que o local recebesse melhorias, como calçada e bancos. "Quase todo dia venho aqui. É pra cá que trago meu jornal e sento tranquilo. Também sempre trago minha máquina pra tirar fotos e filmar as capivaras", diz, apontando pra companheira tecnológica. As imagens que Adiel faz são sempre das capivaras.
Eles já são tão amigos que o caminhoneiro já conhece os hábitos. "Quando o final da tarde vai se aproximando, elas passam do lado de cá, para o lado de lá, sempre juntas, várias de uma vez só", conta, indicando que o caminho percorrido corresponde a atravessar a Av. Filinto Müller. "Toda vez que isso acontece é uma festa, todo mundo para pra fotografar", completa.
Ponto turístico - A dona Elza Araújo também sempre passa pelo local. Dias desses, um parente de fora estava hospedado na casa dela e, para mostrar as belezas da Capital, o levou até o lago para lhe apresentar às capivaras. "Eu sei que elas sempre estão aqui e aqui é tão gostoso. Trouxe ele pra tirar algumas fotos delas e ver de perto", resume.
Apesar de serem atração consolidada, o lixo ofusca a beleza natural do lugar. Muitos objetos plásticos, como copos, garras e sacos, são facilmente vistos no dentro e fora do lago. "As pessoas não tem consciência. Aqui é tão bonito, mas as pessoas não cuidam disso que é para o uso delas mesmas", desabafa Elza.
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