CDL entra na briga por obra e prefeitura promete edital da Praça dos Imigrantes
Espaço segue depredado e com obra parada desde 2023; artesãos relatam perda de renda e visibilidade
A CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) de Campo Grande divulgou, nesta quarta-feira (9), nota em que cobra da Prefeitura da Capital a revitalização da Praça dos Imigrantes. Segundo a entidade, o espaço está degradado e esquecido pelo poder público, o que representa a perda de um ponto de venda para artesãos e de um espaço cultural da cidade.
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A CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) de Campo Grande cobra da Prefeitura a revitalização da Praça dos Imigrantes, que se encontra em estado de abandono. O local, antes ponto de encontro de mais de 100 artesãos, está com obras paralisadas desde agosto de 2023, tendo apenas 58% dos serviços executados. A prefeitura informou que o contrato original foi rescindido pela empresa responsável e promete novo edital para conclusão das obras. O projeto precisou ser revisado pela Sisep após depredações no local. A praça, que era referência cultural e fonte de renda para artesãos, hoje enfrenta problemas de segurança e manutenção.
Na manifestação, a CDL afirma que tentou diversas vezes agendar uma reunião com a prefeita Adriane Lopes (PP) para discutir o “abandono da região central”, mas ainda não obteve retorno.
A artesã Bia Barros relembra que a praça nasceu da luta de um grupo de profissionais, que começou com 30 participantes e chegou a reunir mais de 100 expositores. “Era um espaço vivo, com cultura, turismo e geração de renda. Hoje é só mato, lixo e abandono”, desabafa.
A expositora destacou que, atualmente, a praça “se tornou símbolo da falta de compromisso com a cultura local e com os pequenos empreendedores”, diferente do que representava há alguns anos. A CDL acrescenta que, além da queda na renda dos expositores, os profissionais enfrentam também um esvaziamento emocional, pela perda do contato com o público e da valorização do trabalho.
“Não adianta jogar os artesãos em cantos isolados da cidade. Precisamos de visibilidade, de locais pensados para atrair público, cultura, gastronomia e arte. A praça precisa renascer com um novo projeto, que valorize o artesanato e traga as famílias de volta”, propõe Bia.
As obras de revitalização foram iniciadas em junho de 2023, com entrega prevista para dezembro do mesmo ano. No entanto, em junho de 2024, apenas 58% dos serviços haviam sido executados, com R$ 196.095,11 já investidos. A obra está paralisada desde agosto de 2023, apenas dois meses após o início.
Além da CDL e dos artesãos, moradores e lojistas da região afirmam que a praça está depredada e se tornou um espaço inseguro, em contraste com o ambiente que existia anteriormente.
Sobre a nova cobrança feita nesta quarta-feira, a prefeitura informou, em nota, que o contrato original foi rescindido pela empresa responsável. A Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) precisou revisar e reprogramar o projeto para verificar o que já foi executado e o que ainda precisa ser feito.
“Como houve depredação, a planilha de custos deve ser atualizada. Todos esses procedimentos já foram concluídos e, nos próximos dias, será lançado novo edital para contratação de uma empresa que conclua a obra”, informou o município.
Em junho, a prefeitura já havia respondido à reportagem informando que uma nova licitação estava em andamento. Também destacou a realização de ações de limpeza, retirada de resíduos e manutenção emergencial para preservar o espaço e minimizar os impactos.
Sobre a segurança na região, a Sesdes (Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social) afirmou, por meio de nota, que a Guarda Civil Metropolitana realiza rondas preventivas no local.
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