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Meio Ambiente

Recuperação do Pantanal após incêndios entra em fase final

Depois de concluir a etapa de plantio de mudas, Instituto do Homem Pantaneiro inicia monitoramento

Gabriela Couto | 14/06/2023 16:40
Brigada Alto Pantanal contou com militares da 18ª Brigada de Infantaria do Pantanal durante plantio de mudas na Serra do Amolar. (Foto: IHP)
Brigada Alto Pantanal contou com militares da 18ª Brigada de Infantaria do Pantanal durante plantio de mudas na Serra do Amolar. (Foto: IHP)

Três anos após o maior incêndio já registrado no Pantanal, a natureza mostra toda sua força resiliente para restaurar o bioma. Na região da Serra do Amolar, onde 97% da área foi queimada, a ação do IHP (Instituto do Homem Pantaneiro) com vários parceiros garantiu o plantio de 25 mil mudas que agora serão monitoradas nos próximos 15 meses.

Desde outubro de 2022, começou a recuperação de 30 hectares na RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) Acurizal, com 15 hectares de plantio de 25 mil mudas e outros 15 hectares por meio de regeneração natural.

Parte das mudas plantadas foi produzida no próprio viveiro da propriedade que fica na base da Serra do Amolar e outra parte obtida do IASB (Instituto das Águas da Serra da Bodoquena). Foram plantadas mudas de árvores nativas como angico, ipê roxo, ipê branco, paratudo, manduvi, jacarandá, aroeira, cambará, entre outras.

Nos próximos 15 meses, a Brigada Alto Pantanal e parceiros irão monitorar o desenvolvimento das mudas para garantir a recuperação do local. Esta é a última fase planejada em 2021, pela equipe que iniciou o projeto de mitigação dos efeitos dos incêndios florestais na região da Serra do Amolar.

Brigadista plantou mudas onde há três anos lutou no combate ao fogo durante maior incêndio registrado na história da região. (Foto: IHP)
Brigadista plantou mudas onde há três anos lutou no combate ao fogo durante maior incêndio registrado na história da região. (Foto: IHP)

O plantio só foi possível com a aprovação do projeto do Instituto através da Chamada de Projetos 01/2021, do Funbio (Fundo Brasileiro para a Biodiversidade), e do Projeto GEF Terrestre (Estratégias de Conservação, Restauração e Manejo para a biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal).

“A escolha das áreas a serem recuperadas levou em conta o potencial de regeneração local, ou seja, qual o potencial que as áreas têm de se recuperar sozinhas após o fogo”, explicou a coordenadora do projeto de recuperação e integrante da equipe do IHP, Angélica Guerra.

O custo global do projeto é de R$ 2,8 milhões, onde parte dos recursos é do GEF Terrestre e o IHP tem contrapartida. Além da recuperação das áreas degradadas, o projeto envolve o apoio de instituições de pesquisa para mitigar e prevenir novos incêndios florestais na região.

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