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Cidades

Ajuste em projeto de estrada vai “respeitar águas” do Pantanal, diz secretário

Em Corumbá, Hélio Peluffo garantiu que readequação não vai gerar novos custos ao contrato que está em execução

Jhefferson Gamarra e Silvia Frias | 30/05/2023 13:30
Obras da estrada boiadeira de 45 quilômetros vai da Ponte do Rio Taquari ao entroncamento com a MS-214, no Pantanal de Corumbá (Foto: Divulgação)
Obras da estrada boiadeira de 45 quilômetros vai da Ponte do Rio Taquari ao entroncamento com a MS-214, no Pantanal de Corumbá (Foto: Divulgação)

Após alerta feito pelo IHP (Instituto do Homem Pantaneiro) e produtores rurais, o governo de Mato Grosso do Sul suspendeu a execução da estrada boiadeira de 45 quilômetros, que vai da Ponte do Rio Taquari ao entroncamento com a MS-214, no Pantanal de Corumbá. De acordo com o secretário de Infraestrutura Hélio Peluffo, o projeto inicial atendeu todas as normas técnicas, mas precisou ser revisto devido às intempéries da natureza, que são imprevisíveis.

Ainda de acordo com o titular da pasta de obras, contrato previsto inicialmente não precisará de aditivos, tendo em vista que os ajustes serão pontuais, concentrados na ampliação de aduelas ou na construção de uma ponte para fazer a passagem das águas da maior planície alagada do mundo.

Secretário de Infraestrutura Hélio Peluffo, durante agenda em Corumbá (Foto: Juliano Almeida)
Secretário de Infraestrutura Hélio Peluffo, durante agenda em Corumbá (Foto: Juliano Almeida)

“Não há despesa. A gente acompanha no período das águas para ver se o projeto está comportando e está atendendo o que o projeto pesquisou antes. A gente não suspendeu, vamos verificar junto com os técnicos, junto com o Imasul, e se houver alguma correção para colocar, aumentar ou ampliar alguma duela, ou uma ponte necessária para que se respeite as águas. O projeto está todo ele correto dentro das normas técnicas que exige, porém a gente acaba paralisando para ver se há alguma retenção de água em razão do aterro”, explicou Pellufo, que cumpre agenda em Corumbá.

A obra, realizada pela empresa ALS, já teve execução de 74,21%, que corresponde a investimento de R$ 20.599.097,31. O custo total é de R$ 27.757.359,5. Para que o caminho ficasse a salvo da inundação, foi feito aterro com 3 metros de altura. Para o serviço, foram empenhados mais de 1,5 milhão de metros cúbicos de terra, mais de 66 mil metros cúbico de cascalho e mais de 1,8 mil metros de dispositivos de drenagem.

Mesmo o contrato seguindo as normas técnicas exigidas, o aumento no volume da água resultou no rompimento do aterro em alguns pontos, e, para evitar a inundação de um dos lados, os trabalhos foram interrompidos.

“As águas, a natureza é sábia. Tem que respeitar a natureza, por mais que tecnicamente tem um projeto correto, a natureza tem que ser respeitada, isso é a ordem do governo, respeitar as águas. Nós agora paralisamos para ver adequação necessária e depois vamos verificar. As águas subiram muito, isso acaba não tendo a possibilidade de ter um ritmo acelerado na obra”, finalizou o secretário de Obras.

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