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Meio Ambiente

Rio Paraguai está 1 metro mais baixo que 2020, pior ano do Pantanal

A velocidade com que o nível vem caindo também chama atenção

Por Lucas Mamédio | 15/07/2024 17:49
Medição feita na base da Ecoa no Porto Amolar (Foto: Reinaldo Nogales)
Medição feita na base da Ecoa no Porto Amolar (Foto: Reinaldo Nogales)

A altura do Rio Paraguai está em níveis alarmantes segundo dados da Marinha do Brasil. Conforme boletim diário divulgado os dois pontos de aferimento, Forte Coimbra e Ladário, apresentam níveis mais baixos que em 2020, neste mesmo período, ano dos grandes incêndios.

O boletim do Forte Coimbra, aponta que a águes está -0,50 cm abaixo do nível normal. Em 15 de julho de 2020, o nível aferido foi de 0,86, mais de 1 m a mais. Na época, o nível só passou a ser negativo no mês de agosto, chagando ao patamar de -50 cm, apenas em setembro.

A velocidade com que o nível vem caindo também chama atenção, conforme nota emitida pelo Ecoa. A imagem da régua que mede a altura do rio Paraguai no Porto Amolar, acima de Corumbá, enviada por Reinaldo Nogales, responsável pela base da Ecoa no local, indica que entre a última sexta-feira (12) e hoje (15) a água baixou 4 centímetros, 1 centímetro por dia.

O boletim que registra o nível em Ladário também preocupa. Atualmente, a altura está em 0,71 cm. No mesmo período em 2020, marcava 1,79 m, também mais de 1 m de diferença. Naquele ano, a régua só marcou 0,70 em setembro.

Perceba que, em ambos os casos, o nível está em níveis críticos mais de um mês antes do pior período de da história recente.

Nível do Rio Paraguai na região do Forte Coimbra (Foto: Reprodução/Marinha)
Nível do Rio Paraguai na região do Forte Coimbra (Foto: Reprodução/Marinha)

Escassez – Desde o dia 13 de maio a Região Hidrográfica do Paraguai está em Situação Crítica de Escassez Quantitativa dos Recursos Hídricos, declarada pela ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico) e que deve se estender até 31 de outubro, podendo ser prorrogada, caso o problema persista.

Os diretores da ANA ponderaram que a falta de chuvas pode resultar em impactos aos usos da água, sobretudo em captações para abastecimento humano – especialmente em Cuiabá (MT) e Corumbá (MS), além de dificultar e até inviabilizar a navegação, reduzir o potencial do aproveitamento hidrelétrico a fio d’água e comprometer atividades de pesca, turismo e lazer.

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