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Meio Ambiente

Sem chuvas desde abril, estiagem fez de junho o mês mais seco do ano

Deficit pluviométrico chegou a 400 mm, valor 52% abaixo do esperado pela meteorologia

Por Gustavo Bonotto | 02/07/2024 20:31
Sol é visto através de galhos secos de árvore, no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)
Sol é visto através de galhos secos de árvore, no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)

Após um maio com chuvas abaixo da média, junho apresentou estiagem total em Mato Grosso do Sul. Boletim climatológico divulgado pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), na tarde desta terça-feira (2), aponta que o deficit pluviométrico está em 400 mm, valor 52% abaixo da climatologia em relação ao ano anterior.

De acordo com dados da estação meteorológica automática do instituto, não houve registro de precipitação acumulada nos últimos 30 dias. Com uma Normal Climatológica de referência entre 1981 e 2010 estabelecida em 47,4 mm para o mês, a ausência total de chuvas representa um desvio máximo desta variável.

Normalmente, junho em Campo Grande contabiliza cerca de quatro dias com chuvas acumuladas iguais ou superiores a 1 mm. Contudo, neste ano não houve nenhum dia com precipitação significativa.

As temperaturas máximas, com média de 30,6 °C, encerraram o mês com um desvio positivo de 3,7 °C acima da climatologia usual de 26,9 °C. A temperatura máxima mais alta do mês atingiu 32,5 °C, registrada no dia 16.

Já as temperaturas mínimas também apresentaram desvios significativos, com uma média de 19,2 °C, 3,4 °C acima da Normal Climatológica de 15,8 °C. A mínima absoluta foi de 12,5 °C, registrada no último dia do mês.

No aspecto da variação térmica diária, o menor intervalo foi de 8,2 °C, registrado no dia 29 (com mínima de 19,1 °C e máxima de 27,3 °C), enquanto o maior ocorreu no dia 11, com uma diferença de 13,9 °C (mínima de 17,7 °C e máxima de 31,6 °C).

Em relação aos ventos, a maior rajada foi de 52 km/h, registrada no final da manhã do dia 14.

O aumento dos valores positivos de desvio tanto nas temperaturas máximas quanto mínimas foi impulsionado por uma persistente onda de calor que dominou grande parte de Mato Grosso do Sul. Esta condição climática foi caracterizada pela pouca nebulosidade, baixa umidade do ar e elevação das temperaturas devido à subsidência, um fenômeno que aumenta a pressão atmosférica com o movimento descendente da massa de ar.

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