Saiba como preparar seu pet para enfrentar os fogos de Ano Novo
Cães e gatos interpretam cada explosão como uma ameaça real
Quando o céu se enche de luz e barulho na virada do ano, muita gente comemora, mas, para os pets, é o começo de um verdadeiro terror. De acordo com o médico-veterinário Antônio Defanti Junior, cães e gatos interpretam cada explosão como uma ameaça real, capaz de colocar o organismo deles em estado máximo de alerta.
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Segundo o especialista, a explicação começa pelos sentidos. “Os pets têm sentidos muito mais aguçados que os nossos. A audição deles é extremamente sensível. Cães ouvem muito mais longe e percebem frequências que nem sentimos. Os gatos, então, têm audição ainda mais refinada e direcional”, detalha. Por isso, fogos de artifício, imprevisíveis, intensos e sem padrão, soam como ataques.
Na natureza, barulhos fortes significam risco. A reação automática é a resposta de lutar ou fugir. “Eles não entendem que é só comemoração. Interpretam como algo que pode machucá-los ou até matá-los”, diz Defanti.
Assim que o estampido explode, o corpo libera uma descarga de cortisol e adrenalina, provocando taquicardia, respiração acelerada, tremores e salivação. Em pânico, muitos tentam fugir e acabam se ferindo.
O veterinário alerta que, nos casos mais graves, o resultado pode ser fatal. “Há risco de arritmias em pets cardiopatas, parada cardíaca por pânico extremo, quedas, atropelamentos, enforcamento em coleiras. Pets com doenças neurológicas podem ter convulsões”, afirma. Mesmo quando sobrevivem ao susto, o trauma pode permanecer e piorar a cada Ano Novo.
Para minimizar o sofrimento, o ideal é preparar o ambiente com antecedência. Defanti recomenda:
- Criar um local seguro, como um cantinho acolchoado onde o animal possa se esconder.
- Fechar portas, janelas e usar cortinas pesadas para abafar o som.
- Ligar música suave ou TV para mascarar os fogos.
- Trabalhar a dessensibilização acústica com ajuda de um adestrador, acostumando o pet gradualmente a ruídos.
- Nos casos graves, buscar orientação veterinária para o uso de medicação ansiolítica segura.
O tutor também deve ficar atento aos sinais de que o medo ultrapassou o limite. Tremores incontroláveis, automutilação, paralisia, agressividade repentina, vômitos ou diarreia são indicativos de fobia severa. “Nessas situações, é essencial procurar um médico-veterinário. A fobia precisa de tratamento comportamental e, se necessário, medicação prescrita”, conclui.
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