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Na Íntegra

Bioparque passou de "elefante branco" para referência mundial, avalia diretora

Complexo turístico, científico e de educação já foi a obra parada mais famosa de Mato Grosso do Sul

Por Cassia Modena e Lucas Mamédio | 21/02/2025 17:07

Assista ao episódio completo do podcast Na Íntegra:

RESUMO

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O Bioparque Pantanal, que abriga o maior aquário de água doce do mundo, transformou-se de um projeto problemático em referência mundial de conservação e turismo. Em entrevista ao podcast Na Íntegra, a diretora-geral Maria Fernanda Balestieri revelou que o espaço, inaugurado em 2022, já recebeu visitantes de mais de 120 países e aumentou sua capacidade de 600 para 2 mil pessoas por dia. O complexo, que enfrentou paralisações judiciais e suspeitas de desvio de recursos, hoje abriga 45 mil exemplares de animais e conta com 130 colaboradores. Além do turismo, o Bioparque desenvolve pesquisas científicas em parceria com instituições nacionais e internacionais, mantém um banco genético para preservação de espécies e oferece programas de acessibilidade e educação ambiental.

A transformação do Bioparque Pantanal de um "elefante branco" para uma das principais atrações turístiacs de Mato Grosso do Sul, foi abordada pela diretora-geral do Bioparque, Maria Fernanda Balestieri, durante sua participação no podcast Na Íntegra, do Campo Grande News.

A estrutura, que abriga o maior aquário de água doce do mundo, teve um histórico conturbado. Inicialmente, o Bioparque foi marcado por paralisações judiciais devido a suspeitas de desvio de recursos, tornando-se um dos maiores "elefantes brancos" de Mato Grosso do Sul. A retomada da obra ocorreu em 2019 e exigiu um trabalho minucioso de gestão, incluindo 13 licitações para viabilizar sua conclusão.

Desde sua inauguração, em 2022, o Bioparque se consolidou como um dos principais pontos turísticos do estado. Antes, Campo Grande era visto como um local de passagem para visitantes que tinham como destino o Pantanal e Bonito. Hoje, turistas de mais de 120 países já passaram pelo aquário, contribuindo para a economia local.

Mas o Bioparque vai além da contemplação de animais. Atualmente, abriga cerca de 45 mil exemplares e desempenha um papel fundamental na conservação ambiental. "A instituição desenvolve pesquisas em parceria com universidades e instituições nacionais e internacionais, contando com um banco genético que pode ser essencial para salvar espécies em risco de extinção", destacou Balestieri.

A estrutura científica do Bioparque envolve uma equipe multidisciplinar composta 130 colaboradores. O local opera de forma automatizada, sendo "o único aquário do Brasil com um sistema de controle automatizado". O monitoramento é feito 24 horas por dia, garantindo que as condições ambientais estejam adequadas para os animais. Além disso, protocolos rigorosos de manejo são seguidos para assegurar o bem-estar dos peixes e demais espécies.

Outro diferencial do Bioparque, segundo Maria, é seu compromisso com a inclusão e educação ambiental. "O programa Bioparque para Todos garante acessibilidade a visitantes com deficiências ou necessidades específicas, oferecendo recursos como audiodescrição, tradução em libras e salas de acomodação sensorial", afirmou a diretora. Alunos de diversas escolas já participaram de visitas guiadas que funcionam como "verdadeiras aulas interativas sobre biodiversidade e conservação".

Com o aumento expressivo do número de visitantes, a capacidade de recepção também cresceu. No primeiro ano, o Bioparque recebia 600 pessoas por dia; hoje, esse número chega a dois mil. Para atender a essa demanda, a equipe investiu em treinamento e infraestrutura, incluindo guias que falam diferentes línguas, "como alemão, para atender turistas estrangeiros".

A reviravolta do Bioparque Pantanal demonstra que, com gestão eficiente e propósitos bem definidos, "um projeto desacreditado pode se transformar em um referencial mundial em educação, pesquisa e turismo". O local, antes visto com desconfiança, hoje é motivo de orgulho para os sul-mato-grossenses e inspira iniciativas semelhantes pelo Brasil e pelo mundo.

A versão completa da entrevista traz, ainda, detalhes dos bastidores do Bioparque. Ouça Na Íntegra no Spotify e ou assista no Youtube.

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