Vander Loubet quer Senado, mas aceita recuar por aliança entre Riedel e Lula
Eleito presidente do diretório estadual, deputado diz que desafio é compor frente ampla para reeleição
O PT vai aguardar a definição do governador Eduardo Riedel em relação ao próprio futuro partidário, se permanece no PSDB ou buscará outra legenda para se filiar, para então avançar e definir o próprio rumo para o ano que vem, quando acontecem eleições para presidente e governador e legislativo estadual e federal.
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O Partido dos Trabalhadores (PT) aguarda a decisão do governador Eduardo Riedel sobre sua filiação partidária para definir seus rumos nas eleições de 2026. O deputado federal Vander Loubet, recém-eleito para liderar o diretório estadual, destaca a importância de manter a aliança com Riedel e a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Loubet, que pretende concorrer ao Senado, menciona a necessidade de fortalecer o PT e dialogar com aliados, incluindo figuras de centro-direita. Ele acredita que, apesar da minoria no Congresso, o governo Lula enfrenta um cenário político favorável, embora desafios como a taxa de juros elevada e a rejeição a certas propostas ainda precisem ser superados.
Ontem, o PT fez eleições internas em todo o País e o deputado federal Vander Loubet foi escolhido para conduzir o diretório estadual. O partido integra o Governo Riedel e manter a aliança implica haver espaço para uma frente ampla que inclua a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O tucano e os petistas têm divergências ideológicas, mas seguem próximos desde o segundo turno de 2022.
Em entrevista ao podcast Na Íntegra, do Campo Grande News, o deputado comenta os investimentos feitos pelo Governo Federal em Mato Grosso do sul, com cerca de R$ 30 bilhões, destacando o setor de infraestrutura, que é valorizado pelo Estado para ampliar as atividades econômicas, como um contexto favorável a ser considerado.
O Governo Lula é muito presente em Mato Grosso do Sul e o presidente gosta do Estado
Loubet aponta que no momento atual tem convicção que quer ser candidato ao Senado, após seis mandatos como deputado federal. No ano que vem, duas vagas abrirão – a de Nelson Trad Filho (PSD) e de Soraya Thronicke (Podemos). Ele diz ter se dedicado para atender com emendas e ações da União as cidades do Estado e contar com o apoio de muitos prefeitos e lideranças locais.
Apesar de considerar haver um cenário positivo para seu nome, diz que pode desistir de concorrer se isso for necessário para consolidar a frente ampla que menciona em favor da reeleição de Lula. Além do debate com Riedel, ele lembra outros dois nomes de centro-direita que considera de peso para as articulações: do ex-deputado federal Fábio Trad, que deixou o PSD e mantém tratativas com o PT, e da ministra do Orçamento, Simone Tebet (MDB).
Vejo o PT muito maduro, responsável e com muita clareza do desafio colocado
Além do diálogo com aliados, Loubet aponta uma tarefa interna, de fortalecer o PT, com três desafios.
Sobre o cenário político nacional, o deputado considera que surgiu um cenário favorável ao governo, embora tenha minoria no Congresso Nacional, com cerca de cem dos 513 parlamentares.
Para ele, a rejeição forte das pessoas em rede social a temas como a derrubada da correção da alíquota do IOF ou a discussão da chamada escala de trabalho 6 por 1, “furou a bolha” e deixou claro que os deputados e senadores precisam enfrentar esses assuntos.
Outro ponto que ele também vê de mudança é a taxa de juros, que segue elevada e prejudica investimentos em setores da economia, diante da dificuldade de acesso a recursos, situação que ele acredita que, sendo ultrapassada, junto com o avanço da reforma agrária, deve produzir impacto positivo na imagem do governo no Estado.