PT elege diretório com foco na organização do partido e em reeleição de Lula

O PT (Partido dos Trabalhadores) realiza, neste domingo (6), eleições internas para definir os comandos municipal, estadual e nacional da legenda. A votação ocorre até as 17h, na sede da CUT (Central Única dos Trabalhadores), localizada na Travessa Edgard Gomes, e em seguida, será feita a apuração. A expectativa, na Capital, é da participação de cerca de 2 mil filiados.

Em Campo Grande, a disputa local está entre o deputado estadual Pedro Kemp e a ex-vereadora Elaine Becker. No âmbito estadual, concorrem o deputado federal Vander Loubet e o atual vice-presidente da sigla, o professor e bancário Humberto Amaducci.

Apesar das disputas, os candidatos compartilham pontos em comum nas propostas. Tanto Pedro Kemp quanto Elaine Becker afirmam que a principal prioridade é organizar o partido.

“Nossa prioridade é, primeiro, organizar o PT. A gente quer atualizar a nossa relação de filiados com endereços atualizados, telefone, para a gente fazer um processo de comunicação mais intensa com esses filiados”, disse Kemp.

Outro ponto, na visão do deputado estadual, é investir em divulgações nas redes sociais. “A gente sabe que hoje a política mudou muito. Antigamente você ia fazer uma campanha, ia fazer um trabalho de divulgação das propostas, era no panfleto, corpo a corpo. Hoje, as mídias sociais tomaram uma proporção muito grande na comunicação. Tudo isso para a gente fortalecer o PT para as eleições do ano que vem”, completou.

Da mesma forma, Elaine Becker disse que, primeiro, quer organizar o partido. “Eu estou bem otimista. A gente fez uma campanha boa, positiva, alto astral. A partir desse momento da nova eleição, da nova composição do diretório, a nossa propositiva é organizar o partido, trazer a base para dentro ou aproximar.”

No cenário estadual, o deputado federal Vander Loubet aposta no alinhamento com as pautas do Congresso Nacional.

“Estou muito entusiasmado com a militância do PT. Eu acho que essa campanha está nos permitindo ir em busca de uma aproximação. Eu estou convencido que nós temos que aproveitar essa mobilização, radicalizar os movimentos sociais no sentido de cobrar do Congresso três pautas que são fundamentais: O fim da escala 6x1, o IOF, e também a aprovação do Imposto de Renda para quem ganha até cinco salários mínimos”, pontuou.

Ele também projeta que, após as eleições internas, será necessário focar na reeleição do presidente Lula e no debate sobre a conjuntura política de Mato Grosso do Sul.

“Eu vou convocar o diretório para fazermos uma avaliação. Nós entramos no governo Riedel com todas as forças apoiando. Eu vou buscar construir dentro do PT a frente mais ampla possível de apoio ao Lula. Agora, o Riedel tem que nos querer, se não quiser, nós vamos construir o nosso projeto. Se tiver que sair, não tem problema, eu vou encaminhar aquilo que a maioria do diretório do PT consensuar. O que o PT, na sua maioria, definir na política, eu vou encaminhar com o presidente”, concluiu.

Já Humberto Amaducci não compareceu. A informação apurada no local é de que ele vota em Mundo Novo e estava percorrendo o Estado.

Depois de um hiato de 12 anos, o PT retomou o formato de eleições diretas com votos dos filiados. O chamado PED (Processo de Eleição Direta) 2025. Caso haja necessidade de segundo turno, está previsto para ocorrer no dia 20 de julho.

Até o momento em que a reportagem esteve no local, também haviam comparecido a deputada federal Camila Jara, o deputado estadual José Orcírio Miranda, conhecido como Zeca do PT, a vereadora Luiza Ribeiro e a ex-candidata ao Governo do Estado, Giselle Marques.

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