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Política

Tereza é o trunfo e também impasse em discussão sobre futuro partido de Riedel

O destino das alianças entrelaça Reinaldo, Riedel e Tereza Cristina, os três poderosos do agro

Por Vasconcelo Quadros, de Brasília | 03/07/2025 17:06
Tereza é o trunfo e também impasse em discussão sobre futuro partido de Riedel
Reinaldo, Tereza e Riedel, amigos e inseparáveis na política de MS (Foto:arquivo)

O governador Eduardo Riedel (PSDB) está com um pé no PP e outro no Republicanos, mas só tomará uma decisão depois que os caciques nacionais dos dois partidos, o senador Ciro Nogueira (PI) e o deputado Marcos Pereira, se entenderem sobre a acomodação da senadora Tereza Cristina (PP) como provável candidata a vice numa chapa que seria encabeçada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

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O governador Eduardo Riedel e o ex-governador Reinaldo Azambuja avançaram nas negociações para deixar o PSDB em reunião com o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, em Brasília. Enquanto Azambuja negocia o comando do PL em Mato Grosso do Sul, Riedel cogita migrar para o PP ou Republicanos. A definição do futuro partidário depende da acomodação da senadora Tereza Cristina como possível vice na chapa de Tarcísio de Freitas ao governo de São Paulo. O grupo busca ampliar alianças para manter o domínio político regional, sustentado pelo agronegócio, por até 20 anos, tendo PL e PP como principais forças.

Em encontro com o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, em Brasília, nesta terça-feira, Riedel e o ex-governador Reinaldo Azambuja deram mais um passo para abandonar o PSDB e migrar como um só grupo, mas em partidos diferentes.

Mesmo tendo dificuldades de assimilar a extrema direita, Reinaldo quer o comando do PL em Mato Grosso do Sul para fechar o acordo com Costa Neto e o ex-presidente Jair Bolsonaro, que só não participou da reunião por problemas de saúde.

Uma fonte ligada ao grupo disse ao Campo Grande News, sob reservas, que a possibilidade de Reinaldo Azambuja assumir o comando do PL e do bolsonarismo no Estado subiu de patamar, mas que não há data para o flerte evoluir para um casamento, já que a definição das estruturas partidárias e candidaturas só serão fechadas no ano que vem.

As dúvidas de Reinaldo passam pela posição de Bolsonaro sobre os dirigentes mais radicais no Estado, que teriam de abrir mão de posturas bélicas por um conservadorismo mais de centro que impeça a recandidatura, por exemplo, do Capitão Contar, que chegou a vencer o primeiro turno da eleição de 2022.

A maior preocupação de Riedel é, no entanto, Tereza Cristina que, com mandato garantido até 2030, poderia sair candidata ao governo e aí sim rachar a direita sul-mato-grossense mais forte, que é garantida pelo PIB regional sustentado pelo agronegócio.

O destino de Reinaldo, Riedel e Tereza Cristina, os três poderosos do agro que controlam também a política regional, passa primeiro pelo acordo com o PL.

O grupo tem o poder garantido por 12 anos, o maior tempo de domínio da política regional por um só segmento, mas quer ampliar a aliança para alongar a permanência por pelo menos 20 anos, com PL e PP à frente e o agro como lastro.

Se o PL escapar, diz a fonte, a direita também racha e, a depender da popularidade de Bolsonaro, pode “jogar areia” na recandidatura de Riedel. Com o PT integrando o governo, os caciques regionais correm mais riscos com um eventual “fogo amigo” da direita do que pela esquerda. Riedel governa sem oposição.

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