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Política

“Não posso pagar", diz Odilon sobre bancar segurança após perder escolta da PF

Ex-juiz vai recorrer da decisão do CNJ

Adriano Fernandes e Mayara Bueno | 23/08/2018 18:53
Odilon, durante recepção do candidato à presidência da república pelo partido, Ciro Gomes, esta noite. (Foto: Paulo Francis)
Odilon, durante recepção do candidato à presidência da república pelo partido, Ciro Gomes, esta noite. (Foto: Paulo Francis)

Com o direito a escolta pessoal da PF (Polícia Federal) em dias contados, o juiz aposentado e candidato ao governo de Mato Grosso do Sul, Odilon Oliveira (PDT), alegou que não tem condições de bancar a própria segurança, caso perca o benefício.

“Não posso pagar com a minha aposentadoria. Se for para eu pagar, não dá”, comentou Odilon, durante recepção do candidato à presidência da república de seu partido, Ciro Gomes, nesta quinta-feira (dia 23), no Aeroporto Internacional de Campo Grande.

O juiz aposentado voltou a dizer que os conselheiros do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que decidiram por retirar o benefício, não “teriam sequer lido” as 390 laudas de sua argumentação que, segundo Odilon, justifica a necessidade de escolta. O candidato recebe a proteção desde 1988 em razão de ameaças que sofria pela atuação no judiciário em ações ligadas ao narcotráfico em Mato Grosso do Sul. 

“Nesses 20 anos de escolta, ocorreram outras 28 situações entre ameaças e planos de morte, então há a necessidade de se manter”, acrescentou. Odilon ainda é escoltado por policiais, mas a proteção será retirada de forma gradual, conforme a decisão do CNJ, da última terça-feira (21). O candidato prometeu entrar com ação contra a União para manter a escolta.

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