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Política

André diz que foi conquistado por trabalho administrativo de Dilma

Aline dos Santos | 29/04/2013 13:18
Puccinelli e Dilma cumprimentam público. (Foto: João Garrigó)
Puccinelli e Dilma cumprimentam público. (Foto: João Garrigó)

Uma técnica que executou um bom trabalho e colheu disso seu sucesso político. Esta é atuação da presidente Dilma Rousseff (PT) sob a ótica do governador André Puccinelli (PMDB).

“Sempre achei que vence o trabalho. O bom trabalho administrativo fará vir o resultado político. Seu trabalho me conquistou”, declarou Puccinelli, que em passado recente chamava Dilma de fada madrinha.

Nesta segunda-feira, a presidente veio ao Campo Grande para entrega de 300 ônibus do programa Caminhos da Escola. Puccinelli lembrou que termina o mandato em 31 de dezembro de 2014. Ao ouvir um “graças a Deus” vindo da plateia, ironizou.

“Alguns fizeram graças a Deus. É assim mesmo. Ainda bem que tem 78% que dá graças a Deus que ele vai ficar”.
Conforme o governador, o governo federal está ressarcindo o Estado pelo desembolso do conserto da ponte sobre o rio Paraguai.

Segundo ele, o ressarcimento não foi possível em estrada ou dinheiro, mas veio com investimento em educação. “No mesmo valor do ressarcimento, 350 ônibus, 26 mil conjuntos escolares empenhados e 15 mil tablets, um para cada professor”.

Os outros 50 veículos serão entregues. Puccinelli explicou a presidente que adotou critérios técnicos na divisão dos ônibus entre os municípios. “Fiz levantamento das linhas puras, quantas transportam alunos do Estado para escola estadual”. Com 3.155 alunos nesta modalidade de transportes escolar, Ponta Porã terá 14 ônibus. Porto Murtinho, que tem 35 alunos em linha mista (escolas estadual e municipais), recebeu um veículo.

No discurso, Puccinelli ainda citou as dificuldade familiares que enfrentou nos últimos anos, como a cirurgia da filha em 2011 e da esposa no ano passado. “ Depois de vencidas as dificuldades pessoais, que nunca me abateram, ainda mais estamos motivados nesses dois anos derradeiros”, salienta.

Diante da presidente, conhecida pela luta na época da Ditadura, Puccinelli falou do passado para defender a democracia. “Era um guri, cabelo escuro, sem vitiligo. Em 1968, fugindo das borrachas do Exército e da PM. Redemocratizar o país, tenho orgulho disso, orgulho do passado”, afirmou o governador.

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