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Política

André diz que se fosse Bernal não fugiria do debate e iria à Câmara

Aline dos Santos e Leonardo Rocha | 26/11/2013 10:08
Puccinelli afirma que teme por Campo Grande. (Foto: Marcos Ermínio)
Puccinelli afirma que teme por Campo Grande. (Foto: Marcos Ermínio)

O governador André Puccinelli (PMDB) aconselhou o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), que enfrenta um processo de cassação, a comparecer ao Legislativo Municipal. “Toda vez que fui convidado à Câmara, eu compareci. Se fosse ele, iria até a Câmara, me explicaria e não fugiria do debate”, declarou o governador nesta terça-feira.

Bernal conseguiu na Justiça a suspensão da Comissão Processante, realizada pelos vereadores. Com a decisão, à qual cabe recurso, o prefeito conseguiu se livrar de prestar depoimento ontem na Câmara.

“Eu gostaria que todo gestor em Mato Grosso do Sul vá bem, tenha ótimo desempenho, temo por Campo Grande e a situação que está vivendo. Mas eu preciso torcer pelo prefeito”, afirmou o governador.

Puccinelli avaliou que a Justiça será importante para diluir as dúvidas. “Eu perdi a eleição ano passado, quando indiquei o candidato que o Bernal venceu, porém, não vou torcer contra Campo Grande”, disse, durante evento em Campo Grande.

Depois de uma série de reviravoltas, o TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) pode decidir hoje sobre o futuro da comissão que investiga o prefeito.

Emergência fabricada - Com 31 páginas, a denúncia - que embasa a comissão e o pedido de afastamento – aponta que o prefeito “vem perpetrando, em todas as áreas de atuação do município, inúmeros atos administrativos nocivos aos cidadãos e à economia campo-grandenses, demonstrando um inacreditável despreparo e uma intolerável ineficiência para o exercício do mandato que foi confiado”.

Conforme o documento, a Prefeitura na gestão de Bernal teve a “emergência fabricada”. Ou seja, que o prefeito teria prejudicado empresas que vinham prestando serviço para beneficiar a Salute Distribuidora de Alimentos Ltda, Jagás Com. de Gás Ltda e MegaServ.

“O denunciado se utilizou, ardilosamente, de meios para fabricar situações emergenciais, valendo-se, para tanto, de omissão no pagamento a alguns fornecedores (inadimplência seletiva), resultando na descontinuidade dos serviços públicos, gerando artificialmente uma crise e forçando a contratação direta de empresas ‘apadrinhadas’ pelo mesmo”, diz um dos trechos.

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