Após fracasso com Podemos, tucanos retomam articulação de líderes
Deputados estaduais se reuniram ontem e defendem parceria que valorize importância da legenda em MS

Com mais de 40 prefeitos e maiores bancadas entre deputados federais e na Assembleia, os tucanos em Mato Grosso do Sul acreditam que as lideranças da legenda conseguirão selar uma nova parceria que reconheça e preserve o tamanho que o partido alcançou no Estado. Foi o consenso exposto esta manhã por deputados estaduais, após reunião para discutir os rumos, após naufragar os planos de fusão com o Podemos.
RESUMO
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Após o fracasso nas negociações de fusão com o Podemos, deputados do PSDB de Mato Grosso do Sul se reúnem para discutir novas articulações políticas. Com a perda de espaço no cenário nacional, os tucanos buscam alianças com outras legendas, como MDB e Republicanos, visando fortalecer sua posição no Estado. Os deputados, liderados por Eduardo Riedel e Reinaldo Azambuja, destacam a importância de uma federação, que permite uma aliança temporária e respeita a representatividade do PSDB. A expectativa é que uma definição ocorra ainda este ano, antes da janela para troca de partidos em abril. Azambuja expressou otimismo quanto à unidade do grupo e à continuidade das discussões com deputados federais.
Depois de discutir a conjuntura, seis deputados estaduais se reuniram- somente Zé Teixeira não participou da reunião, ocorrida ontem à noite – e agora querem repassar as tratativas em curso para prefeitos, em uma avaliação com suas bases. Esta reunião foi convocada para fim do dia no diretório.
Em nível nacional, o PSDB perdeu espaço, tendo somente Eduardo Riedel como governador e com a bancada também encolhida. Assim, discutir aliança com outras legendas tornou-se questão de sobrevivência. Houve políticos que deixaram o ninho, como os governadores Raquel Lyra (PE) e Eduardo Leite (RS), mas Riedel se manteve porque o grupo tem muitos eleitos no Estado e os direcionamentos são buscados de forma coletiva.
Riedel está à frente das conversas junto com o ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente da Executiva Estadual do PSDB. Os dois têm discutido com lideranças nacionais, mas Azambuja apontou que quem coordenou as negociações que naufragaram com o Podemos foi presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo. O impasse sobre o comando político após fusão ou incorporação teria tornado impossível a aliança.
Agora, outras legendas ganham relevância no radar dos tucanos, como o MDB e o Republicanos. Ouvidos pela reportagem, Pedro Caravina, Lia Nogueira, Mara Caseiro e Jamilson Name apontaram que o momento é de debate, sem pressa.
Caravina acredita que uma definição deve ocorrer este ano, sem esticar até o prazo limite. Em abril do ano que vem, abre-se a janela para parlamentares trocarem de partido. Enquanto lutam pelo PSDB, cada um também avalia seu futuro político e a melhor conjuntura. O deputado considera que formação de uma federação com o Republicanos valorizaria o legado tucano.
Já Lia diz que Riedel e Azambuja deram explicações sobre as negociações, tranquilizando os parlamentares. “É o que os nossos líderes colocaram: vamos conversar com todos. Mas a gente segue agora, deu assim uma tranquilidade a mais, de saber que a gente não tem essa pressa, não tem que agir com pressa.” Name também mencionou que os parlamentares seguirão as definições dos líderes.
Mara reconheceu que se voltou à “estaca zero” e que novas articulações precisam respeitar o peso do PSDB no Estado, que é um partido forte, citou. Segundo avalia, o potencial vai ser reconhecido na definição de uma federação. Diferente de fusões ou incorporações, as federações são uma ideia criada em 2021, que permite uma aliança temporária, de pelo menos quatro anos, e ajuda a manter a posição de partidos que perderam representatividade. Para ter acesso a fundo partidário, as legendas seguem critérios de representação no Congresso Nacional.
Presidente – Azambuja apontou otimismo com a unidade do grupo no Estado. Mencionou que não foi possível já discutir a conjuntura com os deputados federais, que seguiram para Brasília, mas que a conversa ocorrerá em breve.
Segundo ele, em relação aos estaduais, “foi uma conversa muito madura sobre as opções que nós temos, os convites que recebemos e sobre o futuro do PSDB nessa nova fase, depois do resultado negativo da incorporação com o Podemos.” Ele disse que ficou satisfeito em seguir com o apoio do grupo para ele e Riedel seguirem no comando das articulações pelo futuro da legenda.
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