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Política

Assembleia tem disputa por presidência em CPI da Enersul

Kleber Clajus e Leonardo Rocha | 31/03/2015 10:50
Marquinhos Trad enfrentará disputa para presidir investigação sobre desvio de R$ 700 milhões na Enersul (Foto: Roberto Higa / ALMS)
Marquinhos Trad enfrentará disputa para presidir investigação sobre desvio de R$ 700 milhões na Enersul (Foto: Roberto Higa / ALMS)

Marquinhos Trad (PMDB) e Paulo Correa (PR) prometem disputar a presidência de nova CPI da Enersul criada, nesta terça-feira (31), pela Assembleia Legislativa. Nomes de outros componentes estão sendo definidos nos bastidores para que tenha início investigação de desvio de R$ 700 milhões na ex-concessionária de energia elétrica.

“Todos aqueles deputados que propuseram criação de CPIs sempre foram presidentes, por isso porque não serei?”, questionou o peemedebista, que iniciou o processo e conta com o apoio do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) para esclarecer as irregularidades.

O líder do PMDB, Eduardo Rocha, promete apoio da bancada a Marquinhos, que chegou a apelar para o regimento durante discurso na tribuna e foi repreendido com convite para reunião no fim da sessão. “O PMDB como todas as lideranças do partido são a favor da investigação doa a quem doer”, completou Rocha.

A presidência, no entanto, pode estar ameaçada pela candidatura de Paulo Correa para o mesmo cargo. O republicano quer presidir novamente investigação contra a Enersul, após fazê-lo em 2009 quando se constatou cobrança indevida da concessionária contra clientes.

Independente da disputa, Paulo Correa pode fazer parte da composição da CPI indicado entre os partidos pequenos, assim como Beto Pereira (PDT). Já entre as maiores bancadas se confirmam Pedro Kemp (PT) e Onevan de Matos (PSDB).

Investigação – Após a auditoria feita pela PWC (PricewaterhouseCoopers), que apontou desvio de R$ 700 milhões na Enersul, durante o período de 2002 – 2012, o deputado Marquinhos Trad também quer investigar nesta os nomes das 33 pessoas físicas e jurídicas que fazem parte de uma “Folha Confidencial” e recebiam recursos por mês da concessionária, sem que houvesse qualquer justificativa ou prática funcional na instituição.

Também serão analisados a concessão de gratificações de até R$ 2,5 milhões a pessoas, sem que tivesse uma razão para tal pagamento, além de contratos com empresas terceirizadas, como a Elucid Solution S.A e RBGRQM Participações Sociedade Anônima, já que os proprietários eram ligados a direção do grupo Rede. Outra questão em pauta, é a falta de registro contábeis em relação a gastos de R$ 200 milhões em programa federal.

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