Assessores presos em operação são demitidos da Assembleia Legislativa
Major G. Santos, Manelão e Diego Sousa foram exonerados nesta quinta-feira
Presos em operação que investiga o jogo do bicho em Campo Grande, o policial militar aposentado Gilberto Luiz dos Santos, conhecido como Major G. Santos, Manoel José Ribeiro, o “Manelão”, que também é PM da reserva remunerada, e Diego de Sousa Nunes foram exonerados da Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (7). Os três eram lotados no gabinete do deputado estadual Roberto Razuk Filho, o Neno Razuk (PL).
As exonerações, assinadas pelo presidente da Casa, deputado Gerson Claro (PP), estão publicadas no Diário Oficial da Assembleia Legislativa de hoje, dois dias após as prisões.
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G. Santos, Manelão e Diego são alvos do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), que saiu às ruas de Campo Grande e Ponta Porã nesta terça-feira (7) com a Operação Successione, em busca de provas contra esquema de exploração do jogo do bicho na Capital.
A “guerra” travada nas ruas da cidade pelo controle da loteria ilegal após a prisão de Jamil Name e do filho dele, Jamilzinho, em 2019, colocou grupo que teria envolvimento com a jogatina na mira do Gaeco.
Successione, em italiano, “faz alusão à disputa pela sucessão do controle do ‘jogo do bicho’ em Campo Grande”, divulgou o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), órgão do qual o Gaeco faz parte. Faz lembrar o batismo de outra operação: a Omertà, do termo em latim que se refere ao pacto de silêncio exigido pelo comando da máfia italiana.
A operação prendeu 10 pessoas e cumpriu 13 mandados de busca e apreensão.
Em outubro deste ano, o Major G. Santos e Manelão foram encontrados com a “turma do baralho”, no imóvel do Monte Castelo, onde foram apreendidas 700 máquinas para a coleta de apostas do jogo do bicho. Os militares chegaram a ser conduzidos para o Garras, mas foram liberados.
Neno Razuk nega qualquer ligação “com o jogo do bicho em Campo Grande” e diz que “não tem nada a temer”. “Não sou criminoso”, disse em entrevista na Assembleia Legislativa na manhã da operação.
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