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Política

Até defesa contestar sentença, Mariano fica em liberdade

Redação | 17/03/2008 21:38

Apesar de o TJ (Tribunal de Justiça) de Mato Grosso do Sul ter confirmado no dia 29 de fevereiro a sentença à pena de 17 anos e 9 meses ao ex-prefeito de Coronel Sapucaia, Eurico Mariano, pela morte do radialista paraguaio Samuel Román, ocorrida em abril de 2003. Mariano só deve ser preso quando o caso transitar em julgado e forem respondidos os recursos que o advogado dele, Ricardo Trad, pretende impetrar.

O advogado informou que está aguardando ser publicado o acórdão com a decisão do TJ negando a apelação contra o julgamento feito em Amambai, em agosto do ano passado, para entrar primeiramente com um recurso que visa apenas obter explicação sobre a decisão dos desembargadores. Trad considera que nem todos os questionamentos feitos em relação à decisão da primeira instância foram considerados quando da avaliação na Corte. Depois de obter essa resposta, o advogado pretende ir ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), contra o resultado do julgamento.

A defesa do ex-prefeito tentou derrubar o resultado do julgamento apresentando três questionamentos, todos rejeitados. O principal foi relacionado a uma das principais rovas contra Mariano, uma fita com a gravação do interrogatório de um dos co-réus, Cleiton Segóvia, feito pelo delegado de Campo Grande, Luiz Ojeda. Na conversa, Segovia afirma que foi Eurico Mariano quem mandou matar o radialista.

Segundo a alegação do advogado Ricardo Trad, a peça foi anexada ao processo fora do prazo e não deveria ter sido considerada para o julgamento. Segóvia foi preso em janeiro deste ano, depois de fugir após o depoimento. Mariano é o único réu condenado neste caso até agora. Ele  estava em liberdade, aguardando o recurso. Além dele, nove pessoas foram denunciadas pelo crime, a maioria cidadãos paraguaios. Dos réus, pelo menos quatro foram assassinados- três em 2005 e um no ano passado.

Mariano, segundo a acusação, era inimigo do radialista, por conta das denúncias que ele fazia contra o ex-prefeito. Ele é réu num processo junto com o traficante Luis Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, na Justiça Federal.

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