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Política

Bacha ganha prazo dos índios para retirar bois e prevê mais mortes

Aline dos Santos e Luciana Brazil | 23/05/2013 12:22
Manifestação contra as demarcações.
Manifestação contra as demarcações.
Ricardo Bacha hoje cedo na Assembleia.
Ricardo Bacha hoje cedo na Assembleia.

Dono de fazenda invadida por índios em Sidrolândia, o ex-deputado Ricardo Bacha ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa hoje para anunciar que parte para o tudo ou nada. “Tenho prazo de até 24 horas para tirar as coisas de casas. Mas vou para lá. Não vou deixar para meus filhos a lembrança de um pai acovardado”, declarou. Sobre o conflito fundiário, foi taxativo: “Tenho certeza que vai morrer mais gente”. O prazo dado pelos índios é para retirar 300 cabeças de gado.

Bacha relatou que a sede da fazenda Buriti foi invadida pelos terenas na tarde do último sábado. “Soltaram bombas e rojões, cortaram a energia elétrica, arrombaram a porta”, conta. Segundo o fazendeiro, o grupo tem reforço de “gente loira” e índios de outras aldeias. “Fomos acuados, desmoralizados”, diz.

Conforme o fazendeiro, mais de 300 hectares foram invadidos por índios em Sidrolândia. Bacha defende a presença da Força Nacional e do Exército para defender a ordem. A saída dos índios das fazendas, que deveria acontecer no último sábado, foi suspenso até a próxima quarta-feira, quando será realizada audiência na Justiça Federal.

Em nota, a PF (Polícia Federal), declarou que “comissão formada por representantes da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Justiça Federal, após vistoria, constatou que o prédio sede da fazenda Buriti não foi invadido, saqueado ou depredado”.

O presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Francisco Maia, usou a tribuna para dizer que as questões são de repercussão nacional e que o que está em jogo não é um caso isolado e sim o futuro do Estado.
“Ou segue a Constituição, ou vamos seguir a lei dos homens”, declarou. Chico Maia disse também que os proprietários não querem transformar as áreas em praça de guerra. “Índio precisa do Estado, ser reintegrado na história”, completou.

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