Crise na Santa Casa leva bancada de MS a pedir reajuste em repasses do SUS
Membros do Congresso participaram de encontro com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha

Bancada federal de Mato Grosso do Sul pediu, ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, apoio à aprovação da portaria GM/MS de nº 6.464, que prevê reajuste de 3,5% nos repasses a instituições filantrópicas que atendem pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A medida, considerada essencial para manter os atendimentos na Santa Casa de Campo Grande, foi discutida na quarta-feira (23), durante reunião em Brasília (DF) com representantes do hospital e da Caixa Econômica Federal.
Participaram do encontro os senadores Soraya Thronicke (Podemos) e Nelsinho Trad (PSD), os deputados federais Luiz Ovando (PP), Beto Pereira (PSDB) e Geraldo Resende (PSDB), além da diretoria da Santa Casa de Campo Grande, membros do Hospital Auxiliadora e técnicos do Ministério da Saúde.
"A Santa Casa não pode parar. Esse reajuste é urgente para garantir o mínimo de estabilidade no atendimento à população", afirmou a senadora Soraya Thronicke, coordenadora da bancada.
O pedido ocorre em meio à crise financeira enfrentada pela Santa Casa, que acumula déficit mensal de R$ 13 milhões e mantém suspensos atendimentos eletivos em especialidades como urologia, transplantes e ortopedia, por causa de atrasos salariais de equipes médicas. “Precisamos de soluções definitivas. O hospital está à beira do colapso, e isso afeta diretamente a vida de milhares de pessoas”, reforçou o deputado Luiz Ovando.
Além da articulação pela aprovação da portaria, os parlamentares cobraram alternativas estruturais para garantir a continuidade dos serviços prestados pela instituição, referência em atendimentos de urgência e emergência na região Centro-Oeste.
Como parte dos esforços emergenciais, o Governo do Estado anunciou repasse de R$ 25 milhões, divididos em três parcelas, e a Prefeitura de Campo Grande elevou de R$ 5 milhões para R$ 6 milhões o valor mensal previsto em contrato com o hospital, além de R$ 12 milhões extras ao ano. A Santa Casa segue recebendo ainda R$ 18 milhões da União e R$ 9 milhões do governo estadual.
Segundo a direção do hospital, parte dos valores já foi depositada, e o retorno integral dos atendimentos depende agora da redistribuição dos recursos às equipes médicas. A Bancada Federal deve retomar as conversas com o Ministério da Saúde nas próximas semanas.
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