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Política

Com pilhas de reais apreendidos, PF mira de contrato do lixo a servidor fantasma

PF cumpre 20 mandados de busca em Campo Grande, Sidrolândia e Brasília contra fraudes no TCE

Aline dos Santos | 08/06/2021 08:25
Equipe da CGU e Receita Federal cumprem mandado de busca no Tribunal de Contas. (Foto: Divulgação)
Equipe da CGU e Receita Federal cumprem mandado de busca no Tribunal de Contas. (Foto: Divulgação)

A operação Mineração de Ouro, que mira conselheiros do TCE/MS (Tribunal de Contas do Estado), apura de irregularidade no contrato do lixo à contratação de funcionários fantasmas. Em um dos primeiros endereços alvos, a Polícia Federal apreendeu pilhas de dinheiro, divididas em notas de R$ 50 e R$ 100. O local da apreensão não foi divulgada

De acordo com a Receita Federal, há suspeita de irregularidade na apreciação e julgamento de processos relativos à empresa detentora da concessão dos serviços de coleta de lixo e de tratamento de resíduos em Campo Grande. A ação é uma força-tarefa com a PF (Polícia Federal), Receita Federal e CGU (Controladoria-Geral da União).

O esquema investigado envolve servidores públicos do Estado e grupo de empresários em fraudes relacionadas a procedimentos licitatórios, obras superfaturadas e desvio dinheiro público.  A operação apurar favorecimento de terceiros por servidores públicos, enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro e contratação de funcionários “fantasmas”.

As investigações começaram na operação Lama Asfáltica, mas essa etapa só ganhou as ruas após autorização do STJ (Superior Tribunal de Justiça), pois membros do Tribunal de Contas tem prerrogativa de foro. Além do TCE, há equipes da PF na Rua Uberlândia, no Bairro Itanhangá, e perto do Shopping Campo Grande.

Policial federal conta pilhas de dinheiro em mesa. (Foto: Divulgação)
Policial federal conta pilhas de dinheiro em mesa. (Foto: Divulgação)

Endereços - Ao todo, são cumpridos 20 mandados de busca e apreensão em Campo Grande, Sidrolândia e Brasília. As ordens judiciais foram expedidas pelo STJ.  Com 102 policiais, a ação é em parceria com a CGU (Controladoria-Geral da União) e da Receita Federal.

O nome da operação faz alusão à forma adotada para a lavagem de dinheiro, por meio de transações de compra e venda de direitos minerários entre os investigados.

As equipes estão no Edifício D'orsay na Antônio Maria Coelho, onde vivem o conselheiro Ronaldo Chadid; em agência de publicidade no Itanhangá; e no escritório de advocacia de Vanildo Neves, irmão do conselheiro do TCE, Valdir Neves.


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