Com presidente do PSL na mira da PF, deputados pedem transparência
Carlos Alberto David e Renan Contar ainda reforçaram apoio a Jair Bolsonaro
Os deputados estaduais do PSL em Mato Grosso do Sul, Carlos Alberto David e Renan Contar, falaram em transparência durante sessão da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (15), dia que começou com cumprimento de mandados de busca e apreensão na casa do presidente nacional do partido, deputado federal Luciano Bivar. A ação é parte de investigação que apura uso de candidaturas laranjas pela legenda do presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2018.
David disse esperar que “a investigação possa, no momento adequado, mostrar a realidade dos fatos”.
“Todos nós que defendemos uma nova política precisamos dar exemplo, principalmente em relação aos recursos públicos. O partido precisa ser o mais transparente possível. Essa é minha posição e a do presidente Jair Bolsonaro”, continuou o parlamentar.
Carlos Alberto David ainda classificou como “lamentável” o fato de o comandante do PSL ser alvo de operação da Polícia Federal e reforçou seu posicionamento em apoio ao presidente da República.
“Sempre fui Bolsonaro mesmo antes de entrar no PSL. Nunca fui Bivar. Vou aguardar a decisão do presidente [sair ou não da legenda]. Já recebi ligação de pessoas próximas a ele dizendo pra que eu aguarde e tenha tranquilidade”.
Por sua vez, o deputado Renan Contar revelou que, se comprovadas as candidaturas laranjas, “que os responsáveis sejam punidos”. “Todo órgão ou entidade que recebe recursos públicos precisa ter 100% de transparência”, complementou.
Contar também voltou a manifestar apoio a Bolsonaro. “Estou no partido por força de lei. Para se candidatar, precisa ter um”, disparou o parlamentar, que preside o PSL em Campo Grande.
“Estou do lado do presidente e vou respeitar as decisões no meu líder. Não sou contra o partido, mas vou seguir o meu líder na sua decisão”.
Autorizada pelo TRE-PE (Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco), a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na residência do deputado federal e presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, na manhã desta terça-feira, em Jaboatão dos Guararapes (PE).
A ofensiva, batizada de Operação Guinhol, quer saber se houve irregularidade na utilização de recursos do Fundo Partidário voltados ao financiamento de candidaturas de mulheres. A PF aponta indícios de que a verba foi desviada para sustentar campanhas de outros candidatos.