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Política

CPI da Covid confirma convocação e Mandetta será ouvido na terça que vem

Nas redes sociais, ataques do gabinete do ódio voltaram a ser intensificados e dossiê foi entregue a senadores

Gabriela Couto | 29/04/2021 12:42
Ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, será o primeiro a responder perguntas na CPI da Covid-19 sobre sua gestão no começo da pandemia (Foto Pablo Jacob)
Ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, será o primeiro a responder perguntas na CPI da Covid-19 sobre sua gestão no começo da pandemia (Foto Pablo Jacob)

Foi aprovada nesta quinta-feira (29) na CPI da Covid-19 a convocação do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), e os demais chefes que passaram pela pasta no governo de Jair Bolsonaro (sem partido) durante a pandemia do coronavírus. O sul-mato-grossense será o primeiro a falar, na próxima terça-feira (4). Junto com ele está programada a sabatina de Nelson Teich.

Até o momento Mandetta ainda não se pronunciou sobre o que será dito na CPI. Nem em entrevistas ou em suas páginas virtuais ele menciona o assunto. Apesar da insistência da reportagem do Campo Grande News para antecipar algo sobre sua audiência, o ex-ministro tem adotado o silêncio.

Enquanto isso, as redes sociais estão fervilhando com milícias digitais aliadas ao governo federal. Mandetta é um dos alvos do grupo que tenta descredenciar o médico que um dia já esteve ao lado de Bolsonaro.

No Twitter, o assessor especial da Presidência, Tercio Arnaud Tomaz, integra o grupo de  ataque a Mandetta. Ele chamou o ex-ministro de genocida por ter recomendado a população a ficar em casa em caso de apresentar sintomas leves. Mais de 10 mil seguidores compartilharam o twitter de Tercio.

Antes mesmo da confirmação de Mandetta na lista de oitivas um arsenal de documentos chegou nas mãos dos membros da comissão contra o ex-ministro. Trata-se de um dossiê, enviados em envelopes sem remetente, com denúncias a respeito de contratações feitas na gestão do médico.

Convocado para falar na condição de testemunha, Mandetta não poderá se recusar a comparecer, nem se negar a falar. Ele será o primeiro dos quatro últimos ministros da Saúde chamados a dar depoimento.

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