CPI da Covid confirma convocação e Mandetta será ouvido na terça que vem
Nas redes sociais, ataques do gabinete do ódio voltaram a ser intensificados e dossiê foi entregue a senadores
Foi aprovada nesta quinta-feira (29) na CPI da Covid-19 a convocação do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), e os demais chefes que passaram pela pasta no governo de Jair Bolsonaro (sem partido) durante a pandemia do coronavírus. O sul-mato-grossense será o primeiro a falar, na próxima terça-feira (4). Junto com ele está programada a sabatina de Nelson Teich.
Até o momento Mandetta ainda não se pronunciou sobre o que será dito na CPI. Nem em entrevistas ou em suas páginas virtuais ele menciona o assunto. Apesar da insistência da reportagem do Campo Grande News para antecipar algo sobre sua audiência, o ex-ministro tem adotado o silêncio.
Enquanto isso, as redes sociais estão fervilhando com milícias digitais aliadas ao governo federal. Mandetta é um dos alvos do grupo que tenta descredenciar o médico que um dia já esteve ao lado de Bolsonaro.
No Twitter, o assessor especial da Presidência, Tercio Arnaud Tomaz, integra o grupo de ataque a Mandetta. Ele chamou o ex-ministro de genocida por ter recomendado a população a ficar em casa em caso de apresentar sintomas leves. Mais de 10 mil seguidores compartilharam o twitter de Tercio.
Antes mesmo da confirmação de Mandetta na lista de oitivas um arsenal de documentos chegou nas mãos dos membros da comissão contra o ex-ministro. Trata-se de um dossiê, enviados em envelopes sem remetente, com denúncias a respeito de contratações feitas na gestão do médico.
Convocado para falar na condição de testemunha, Mandetta não poderá se recusar a comparecer, nem se negar a falar. Ele será o primeiro dos quatro últimos ministros da Saúde chamados a dar depoimento.