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Política

Dentista de Coxim nega ter participado do vandalismo em Brasília

“Eu não fiz parte de ato terrorista, de nenhuma depredação", disse em rede social

Viviane Oliveira | 14/12/2022 10:42


O dentista Celso Sodré Cardoso, morador de Coxim, cidade distante 253 quilômetros de Campo Grande, diz ter sido confundido e acusado de participar do vandalismo em Brasília, na última segunda-feira. Manifestantes, contrários à eleição de Lula, queimaram carros, ônibus e depredaram delegacia. Cardoso, que se diz patriota. afirma ter sido "massacrado, humilhado e ameaçado".

Em vídeo, ele nega as acusações. “Eu não participei de nenhum ato terrorista, de nenhuma depredação, não existe imagem minha fazendo esse tipo de coisa”, afirma. Assista, acima, ao vídeo.

Na noite de segunda-feira (12), manifestantes que são contra o resultado das eleições entraram em confronto com a Polícia Militar do Distrito Federal, ao lado da sede da Polícia Federal, na Asa Norte, no centro de Brasília.

O conflito começou após a Polícia Federal prender o cacique Serere Xavante, em cumprimento ao pedido da Procuradoria-Geral da República e de Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

A confusão se deu porque o dentista aparece nas imagens usando máscara, semelhante às utilizadas por grupos denominados dos black blocks (grupo mascarado que usa da violência para protestar).

Imagens do dentista que foram divulgadas em rede social (Foto: reprodução)
Imagens do dentista que foram divulgadas em rede social (Foto: reprodução)

O dentista começa o vídeo dizendo que, “como todos sabem minha imagem está sendo vinculada a atos terroristas, esquerdistas e infiltrados. É isso que eu estou sendo chamado. Eu sou patriota, amo meu País. Estou há mais de 30 dias participando pacificamente das manifestações, primeiro na minha cidade e agora em Brasília".

Ele afirmou que no dia do quebra-quebra presenciou a prisão do cacique Serere, que considera "absurda". Por esse motivo, dirigiu-se ao prédio da Polícia Federal, que fica próximo ao hotel onde estava hospedado.

“Ali me deparei com pessoas com ânimos exaltados e uma dezena de policiais, por esse motivo eu fui até o meu carro e peguei uma máscara de gás que eu tinha. Nós estávamos ali para protestar pacificamente sobre essa prisão. Quando me perguntado se eu tinha visto a chegada de um ônibus local, disse que não. Mas eu presenciei a prisão do cacique Serere, por isso eu dei o meu telefone para esse determinado senhor. Passou algum tempo, ele foi até a mim e perguntou o meu nome. E eu falei: Celso Sodré e pode anotar aí. E foi isso que aconteceu”.

A partir daí, segundo o dentista, começou o combate, com muita bomba e bala de borracha.

Resultado do quebra-quebra - Os atos de vandalismo provocados por manifestantes terminaram sem presos e deixaram diversos prejuízos na área central de Brasília. Além de ônibus e carros incendiados, a cidade amanheceu com equipes da Polícia Militar do Distrito Federal em frente ao prédio-sede da Polícia Federal para reforçar a segurança da região.

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