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Política

Deputados aprovam repasse do ICMS conforme desempenho na educação

Texto entrou em regime de urgência para tramitar antes do prazo legal da regra eleitoral

Gabriela Couto | 11/08/2022 10:44
Sessão mista desta quinta-feira (11) na Assembleia Legislativa. (Foto: Reprodução) 
Sessão mista desta quinta-feira (11) na Assembleia Legislativa. (Foto: Reprodução)

Foi aprovado por unanimidade na sessão desta quinta-feira (11), na Assembleia Legislativa, a primeira votação do PLC (Projeto de Lei Complementar) 006/2022, de autoria do Poder Executivo, que regulamenta o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) Educacional em Mato Grosso do Sul. A proposta ainda precisa de uma segunda votação e discussão.

O texto tramita em regime de urgência, após acordo de lideranças para que tudo seja concluído a tempo de entrar em vigor em 2024. “Tivemos que aprovar em regime de urgência, por meio de um acordo de lideranças, porque temos prazo até o dia 26 de agosto para regulamentar essa proposta e aprovar as normas e regras que vão reger todo esse processo”, explicou o presidente da CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação), deputado estadual, Gerson Claro.

Até o momento, os critérios e percentuais para se chegar ao índice de participação de arrecadação do ICMS de cada cidade eram os seguintes: valor adicionado (75%), receita própria (3%), extensão territorial (5%), número de eleitores (5%), ICMS ecológico (5%) e uma parte igualitária entre os 79 municípios (7%).

Agora, o valor adicionado passa de 75% para 65%. Conforme o projeto de lei complementar, 10% serão repassados com base em indicadores de melhoria dos resultados da aprendizagem e de aumento da equidade, levando em consideração o nível socioeconômico dos alunos.

Deputdo estadual Gerson Claro (PP), presidente da CCJR conseguiu apoio dos colegas para tramitar o texto em regime de urgência. (Foto: Divulgação)
Deputdo estadual Gerson Claro (PP), presidente da CCJR conseguiu apoio dos colegas para tramitar o texto em regime de urgência. (Foto: Divulgação)

O objetivo principal do projeto de Lei que dispõe sobre os indicadores para distribuição das cotas municipais de ICMS é promover a colaboração mútua entre o Estado e os municípios, com foco na melhoria da educação.

Para isso, estabelece o índice de qualidade (IQE-MS) que será verificado por meio do SAEMS (Sistema de Avaliação da Educação Básica de Mato Grosso do Sul). “A ideia é estimular o engajamento dos gestores e servidores em busca de melhores resultados no ensino e aprendizagem, promovendo a redução das desigualdades e fortalecendo a gestão pública por resultados”, detalhou Gerson Claro.

O cálculo levará em conta a proficiência dos alunos nas avaliações de língua portuguesa e matemática, o número de alunos que participarem da prova, o índice de aprovação anual dos estudantes e sua classificação como adequado, intermediário, crítico ou muito crítico na SAEMS.

O município que registrar média inferior a 80% nas avaliações receberá as menores notas possíveis. Após o segundo ciclo de provas, a fórmula de cálculo do IQE-MS levará em conta a melhoria da aprendizagem nos dois anos anteriores.

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