Deputados de MS cobram "medidas urgentes" após mortes na BR-262
Debate foi iniciado pelo deputado estadual Paulo Duarte (PSB) que chamou a colisão de “tragédia anunciada"

Após o grave acidente na BR-262 que matou duas pessoas e deixou uma criança gravemente ferida, os deputados estaduais de Mato Grosso do Sul cobraram nesta terça-feira (16) medidas urgentes para melhorar a segurança na rodovia. O tema surgiu durante a sessão ordinária da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), com falas críticas ao sucateamento dos órgãos federais e à falta de fiscalização.
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Deputados de Mato Grosso do Sul exigem medidas urgentes para aprimorar a segurança na BR-262 após acidente fatal que vitimou três pessoas e deixou uma criança em estado grave. A colisão, ocorrida na ponte sobre o Rio Paraguai, no trecho conhecido como Buraco das Piranhas, foi considerada uma "tragédia anunciada" pelo deputado Paulo Duarte (PSB), que criticou o sucateamento dos órgãos federais e a falta de fiscalização, especialmente em relação ao excesso de carga dos caminhões. A necessidade de instalação de balança de pesagem e investigação do Ministério Público Federal foram apontadas. Outros parlamentares engrossaram o coro por melhorias, sugerindo comissão a Brasília e ações para salvar vidas. Foram mencionados o tráfego intenso de veículos pesados, a estrutura inadequada da ponte, o aumento da exploração de minério e a falta de alternativas como ferrovias. Um projeto para construção de passagens subterrâneas para animais silvestres também será reapresentado.
O debate foi iniciado pelo deputado Paulo Duarte (PSB), que chamou a colisão de “tragédia anunciada” e cobrou a fiscalização por parte do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
O parlamentar também cobrou a instalação de uma balança de pesagem antes da ponte sobre o Rio Paraguai, no trecho conhecido como Buraco das Piranhas, onde ocorreu o acidente. Ele afirmou que pretende acionar o MPF (Ministério Público Federal para investigar responsabilidades.
“Tem caminhão com excesso de carga passando por cima de um aterro sem qualquer controle. É um sobe e desce perigoso, com tráfego intenso de carretas pesadas. Há muito tempo vivemos o desmonte dos órgãos de fiscalização”, criticou Duarte.

Outros deputados também manifestaram apoio. O deputado estadual José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT (PT), reforçou a cobrança por providências e sugeriu que a Assembleia envie uma comissão a Brasília. “É impossível continuar assim. A ponte não foi projetada para o volume e peso que hoje trafegam por ela”, disse.
Durante a discussão, o deputado Professor Rinaldo (PSDB) destacou o fim das ferrovias como agravante da situação, já o deputado Coronel David (PL) pediu ações urgentes para salvar vidas.
Também presente na sessão, o Roberto Hashioka (União) relembrou as limitações da obra original da ponte e o aumento no tráfego de minério. “O Governo fez com dragas, fez um processo de envelopamento depois, que pudesse atender ao tráfego local. E hoje a gente sabe que a exploração de minério parece que aumentou cinco vezes, ou seja, não tem essa estrutura necessária para suportar carretas enormes”, diz. “Agora podemos ver que a ponte pode entrar em colapso. Temos a BR-163 e a BR-262 colocadas entre as dez rodovias mais perigosas do Brasil, em questão de acidentes”, ponderou Hashioka.
Já o Lídio Lopes (Sem partido) anunciou que vai reapresentar projeto de lei propondo a construção de passagens subterrâneas para a fauna local, em resposta ao crescente número de atropelamentos de animais.
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