ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
NOVEMBRO, SEXTA  22    CAMPO GRANDE 28º

Política

Empresário preso no interior de SP é cunhado e sócio de ex-secretário de MS

Flávio Scrocchio é dono de empresa que executa serviços de manutenção em Nova Andradina

Alberto Dias | 11/05/2016 12:22

O desvio de recursos em obras de Mato Grosso do Sul, investigado pela Operação Fazendas de Lama, era operado também em outros estados brasileiros. Entre os 15 detidos pela Polícia Federal está o empresário Flávio Henrique Garcia Scrocchio, dono da empresa Terrasat Engenharia e Agrimensura, apontado como sócio do ex-secretário estadual de Obras e ex-deputado federal, Edson Giroto, também preso na terça-feira (10).

Preso na cidade de Tanabi, interior de São Paulo, Scrocchio é cunhado de Giroto e suspeito de integrar esquema de desvios e lavagem de dinheiro. Justamente por conta da suposta rede de corrupção instalada no Estado, o empresário pode ter tido favorecimento no certame cujo contrato previa liberação de R$ 10.375.039,80 pelo Governo de Mato Grosso do Sul para a manutenção de estradas, pavimentadas e não pavimentadas, em Nova Andradina, distante 297 quilômetros de Campo Grande.

O resultado da licitação consta no Diário Oficial do Estado de 2 de julho do ano passado.

Além de Campo Grande e Tanabi, a segunda fase da Operação Lama Asfaltica, também cumpriu mandados em Rio Negro, Presidente Prudente (SP), Maringá e Curitiba (PR), com um total 15 detidos e 28 buscas e apreensão e 24 mandados de sequestro de bens dos investigados.


Na operação a PF investiga o desvio de recursos públicos, no valor de R$ 44 milhões, em que teria sido formada uma rede de "laranjas", composta por terceiros e familiares de servidores e empresários, para lavagem de dinheiro. De acordo com a PF, os valores foram transformados principalmente em fazendas, no total de 67 mil hectares em Mato Grosso do Sul.

Conforme a CGU (Controladoria-Geral da União), o valor de R$ 44 milhões se trata da soma das duas fases, em relação a contratos no valor de R$ 2 bilhões. A prisão dos envolvidos é temporária, com validade de cinco dias, podendo ser renovada.

Nos siga no Google Notícias