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Política

Fake news e operação da PF permeiam último debate entre candidatos à prefeitura

Após acusações de serem investigados ou fichas suja, candidatos rebateram adversários

Por Lucia Morel | 03/10/2024 21:32
Candidatos à Prefeitura de Campo Grande em último debate antes das eleições no domingo. (Foto: Juliano Almeida)
Candidatos à Prefeitura de Campo Grande em último debate antes das eleições no domingo. (Foto: Juliano Almeida)

As "fake news" foram o assunto que permeou o primeiro bloco do último debate entre os candidatos à Prefeitura de Campo Grande, promovido pela TV Morena, afiliada da Rede Globo em Mato Grosso do Sul. Em pergunta de Camila Jara (PT) à atual gestora, Adriane Lopes (PP), a primeira a acusa de ser investigada por pagamentos secretos na administração municipal, ao que Adriane afirma ser uma notícia falsa.

“Certeza que não sou investigada”, rebateu a atual prefeita, assinalando ser ficha limpa. Na sequência, a candidata petista afirma que Adriane “falta com a verdade” e que ainda tenta esconder sua ligação e apadrinhamento do ex-prefeito Marcos Trad (PSD). A gestora volta a afirmar se tratar de fake news. Ela afirmou que herdou uma gestão e lembrou até do ex-governador de Mato Grosso do Sul e ex-prefeito da Capital, André Puccinelli (MDB). “Ele dava direito a salários que não eram vistos pela população”.

O assunto voltou à tona com o candidato Beto Pereira (PSDB), que perguntou a Luso Queiroz (PSOL) o que ele achava da prática de fake news e ainda relembrando sobre a operação de hoje da Polícia Federal que cumpriu mandados de busca e apreensão por supostos vídeos falsos feitos contra ele e repercutido nas redes sociais.

Luso respondeu afirmando que há um “gabinete do ódio” no Parque dos Poderes, mas sem apresentar provas. Pereira, por sua vez, afirmou que hoje, com a operação da PF, “a casa começou a cair” para “quadrilha” que o acusa de ser ficha suja. “Todos aqui são ficha limpa, por isso podemos concorrer nas eleições”, disse Beto.

Ao final do primeiro bloco o assunto se manteve, desta vez entre o tucano e a candidata Rose Modesto (União Brasil), que como mostrou o Campo Grande News, foi quem contratou, através de assessores, atores para se passarem por Beto Pereira em vídeo, considerado pela Justiça como peça que divulga fatos falsos.

Repetindo que Beto seria ficha suja, Rose disse que houve condenações do tucano por irregularidades na Prefeitura de Terenos, onde foi prefeito. Beto, por sua vez, reforçou que postou nas redes sociais de sua campanha documentos que atestam que ele não deve nada para a Justiça. A candidata do União Brasil, por sua vez, falou que também em suas páginas nas redes sociais foi publicado vídeo alvo da operação de hoje e assumiu que foi sua campanha que o produziu.

A temática mostra a força das redes na atualidade, tanto é verdade, que três dos candidatos - Beto Pereira, Camila Jara, Rose Modesto - afirmaram ao vivo enquanto debatiam e falavam ao público que estavam, naquele momento, "subindo" arquivos online em suas páginas para que a população tivesse acesso.

O bloco contou com perguntas sobre temas livres entre os candidatos que comentaram ainda sobre qualificação profissional e saúde, ao falarem sobre a necessidade de um hospital municipal.

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