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Política

"Fico muito triste de não ter conseguido chegar num nível alto", afirma Magno

Candidato ao governo do Estado pelo PCO, líder indígena guarani-kaoiwá votou no início da tarde

Liana Feitosa e Helio de Freitas | 02/10/2022 13:42
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade
Candidato do PCO, Magno de Souza, após votação. (Foto: Helio de Freitas)
Candidato do PCO, Magno de Souza, após votação. (Foto: Helio de Freitas)

O candidato pelo pelo PCO (Partido da Causa Operária), ao governo do Estado, Magno de Souza, primeiro indígena candidato a governador de Mato Grosso do Sul, votou no início da tarde deste domingo (2) na Escola Municipal Indígena Tengatuí Marangatú, que fica na aldeia Jaguapiru, na cidade de Dourados, a 251 quilômetros de Campo Grande.

Ele chegou acompanhado de parceiros de partido, acenando para os eleitores que estavam no local, e falou com a imprensa antes de digitar seus votos na urna eletrônica. O guarani-kaiowá de 38 anos de idade que vive com a esposa, dois filhos pequenos e outros parentes na área chamada Ararikuty, em Dourados, comentou as dificuldades que enfrentou durante o período de campanha.

Escola que fica na aldeira Jaguapiru é a maior zona eleitoral indígena de Dourados. (Foto: Helio de Freitas)
Escola que fica na aldeira Jaguapiru é a maior zona eleitoral indígena de Dourados. (Foto: Helio de Freitas)

“Nós tivemos que pedir recursos para os companheiros que estão na luta, nessa caminhada toda. Fico muito triste, com dor no meu coração, de não ter conseguido chegar num nível alto, não chegar em toda a minha comunidade indígena guarani-kaiowá, que não sabe em quem votar, não sabe nem o número ou até como votar. Existe muita dificuldade nas nossas comunidades indígenas”, comentou.

Apesar da tristeza, Magno se diz satisfeito com a recepção que teve por onde passou. “Fomos bem recebidos em várias cidades, em várias aldeias e retomadas. A gente espera não só a eleição, mas também movimentar mais a comunidade guarani-kaiowá. Fico muito agradecido com essa carreira, vou me preparar ainda mais e tenho certeza que na próxima eleição vamos conseguir visitar as 45 aldeias de Mato Grosso do Sul, finalizou.

Em Dourados, existem cerca de 7.500 eleitores indígenas. Na escola Tengatuí, maior zona eleitoral indígena da cidade, mesários afirmam que a participação dos eleitores ainda está baixa e, até o momento, menos da metade daqueles que votam nessa zona eleitoral foram até o local.

A cena se contrasta com os demais locais de votação de Dourados, que estão visivelmente mais cheias e movimentadas na comparação com pleitos passados.

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