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Política

Futuro presidente do PT, Duarte não descarta aliança com o PMDB

Zemil Rocha | 15/07/2013 19:15
Paulo Duarte diz que prioridade do PT é trabalhar programa de governo (Foto: Arquivo)
Paulo Duarte diz que prioridade do PT é trabalhar programa de governo (Foto: Arquivo)

O futuro presidente consensual do PT regional e prefeito de Corumbá, Paulo Duarte, não descarta a possibilidade de a aliança nacional com o PMDB traduzir-se numa coligação entre os dois partidos em Mato Grosso do Sul, mas considera improvável esse cenário para as eleições de 2014. Hoje de manhã as correntes do PT selaram compromisso de Duarte comandar o PT a partir do ano que vem, com os dois pré-candidatos do partido, Marcus Garcia, atual presidente, e vereador Zeca do PT, desistindo para apoiar o prefeito.

“Não se descarta aliança com o PMDB, mas é um quadro difícil pela conjuntura de Mato Grosso do Sul. Tem aliança a nível nacional entre os dois partidos e lá na frente pode acontecer um entendimento”, afirmou Paulo Duarte, que deve ser eleito, por aclamação, para presidir o PT no Estado em novembro deste ano, a fim de evitar conflitos internos. Zeca não aceitava que Marcus Garcia fosse reeleito presidente.

Indagado se pessoalmente acredita nessa possibilidade de aliança entre PT e PMDB, Duarte deu uma resposta mais cética. “Hoje está caminhando para não ter”. Segundo ele, não se trata de ser favorável ou não à aliança com o PMDB, mas de levar em conta que ainda é muito cedo para se falar em acordos entre partidos. “As convenções acontecerão em julho do ano que vem. Agora seria intempestivo, precipitado”, ponderou.

Como prefeito de Corumbá, Paulo Duarte tem tido uma boa relação política com o governador André Puccinelli, principal liderança do PMDB. Questionado se esse relacionamento pode favorecer uma aliança entre PT e PMDB, Duarte declarou: “Essa boa relação é institucional, pessoal. Estou pensando na cidade, no melhor para Corumbá. Agora, o projeto do PT é para o Estado. Como prefeito, tenho boa relação com todo mundo, com deputados, com o governador”.

Questão de aliança, na opinião de Duarte, não pode ser tratada só como projeto de poder, como teria no ano passado em Campo Grande. “Na eleição da Capital tivemos uma grande surpresa. Muitos pensaram que seria favas contadas. Partidos pensaram em alianças apenas para ter mais tempo de TV e eleitor acabou dando uma resposta”, avaliou.

O PT teria apreendido essa lição da eleição municipal do ano passado. “Hoje temos candidato fortíssimo, mas tem de ter humildade. O próprio senador Delcídio tem pregado isso”, disse.

Outra prioridade – O prefeito Paulo Duarte afirmou que, na presidência regional do PT, sua preocupação maior será trabalhar a elaboração de um programa de governo. “Candidato a governador, nós já temos. Temos agora de trabalhar um programa de governo”, apontou o petista.

Com a vantagem de já ter seu pré-candidato a governador definido, segundo Duarte, o PT tem condições de sair na frente na definição de sua plataforma eleitoral. “Enquanto os outros ainda discutem nome, nós temos definida a cabeça de chapa, que é o Delcídio”, afirmou.

Forma colegiada - Na condução dos destinos do PT, Duarte garante que buscará sempre ouvir as lideranças estaduais e municipais, sem se esquecer de estar sensível às vozes das ruas. “Vamos conduzir o partido de forma colegiada”, disse.

Quando indicaram seu nome para presidente regional do PT esta manhã, Duarte já tinha salientado que queria uma condução que envolvesse outras correntes do partido. “Hoje de manhã mesmo já conversei com várias correntes”, contou. “A indicação de meu nome passa por essas questões de entendimento, não só com Zeca e Delcídio, mas com todas as lideranças, tendo como foco voltar a governar o Estado”, acrescentou.

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