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Política

Gaeco revela que apreendeu "documentos" na casa de Olarte

Josemil Arruda | 16/04/2014 14:14
Gilmar Olarte tinha dito à imprensa que só tinha sido notificado a prestar depoimento (Foto: Marcelo Victor)
Gilmar Olarte tinha dito à imprensa que só tinha sido notificado a prestar depoimento (Foto: Marcelo Victor)

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), órgão investigativo vinculado ao Ministério Público Estadual, divulgou nota de esclarecimento hoje na qual revela que houve apreensão de documentos na residência do prefeito Gilmar Olarte, na última sexta-feira (11), e não apenas notificação para prestar depoimento, como este afirmara à imprensa. Naquele dia, o Gaeco cumpriu quatro mandados de busca e apreensão domiciliar em Campo Grande e um de prisão temporária em São Paulo (SP), todos por determinação do desembargador Ruy Celso Florense, da Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Estado.

“Dentre os pontos de busca, esteve a residência do atual prefeito de Campo Grande, local onde foram apreendidos apenas documentos, que estão sob análise”, afirmou a nota do Gaeco. Na mesma oportunidade, segundo o órgão, Gilmar Olarte foi notificado a designar dia e hora para prestar declarações, o que não teria ocorrido até o presente momento.

Por ocasião da operação policial, conforme o Gaeco, foram efetuadas as prisões em flagrante de três pessoas, todas por porte ilegal de arma de fogo: dois guardas municipais que faziam a segurança do prefeito Gilmar Olarte e Salem Pereira Vieira. “Os presos em flagrante foram liberados mediante pagamento de fiança, e responderão pelo delito em liberdade”, informa a nota.

Quanto a Ronan Feitosa, que tinha sido preso temporariamente em São Paulo, o Gaeco esclareceu que “por conveniência da investigação e por ter sido o mesmo ouvido em declarações, na presença de seu advogado, não houve necessidade de prorrogação da medida, tendo tal pessoa sido liberada na data de ontem, quando terminou o prazo da prisão”.

As informações prestadas na nota, de acordo com o Gaeco, se fizeram necessárias em razão de especulações acerca do conteúdo da investigação, veiculadas em diversos canais de comunicação social. “Nesse sentido, vale ressaltar que o conteúdo da investigação (e não sua existência), vem sendo mantido em sigilo por imposição legal, para fins de preservar a eficaz colheita da prova e a intimidade de investigados e testemunhas”, justificou o órgão. “Por isso, o acesso ao procedimento está restrito apenas aos investigadores, aos investigados e seus procuradores, medida pertinente para evitar que julgamentos antecipados e/ou precipitados sejam feitos”, acrescentou.

Na nota, o Gaeco informa que ao final das investigações serão os fatos devidamente levados ao conhecimento do Poder Judiciário, responsável pela análise e julgamento dos eventuais investigados, e da população.

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