Governador apresenta projeto para restruturar saúde aos deputados
Executivo quer descentralizar serviços e colocar gestão de hospitais com setor privado

RESUMO
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Governador Eduardo Riedel debate com deputados estaduais projeto de regionalização da saúde em Mato Grosso do Sul. A proposta inclui a gestão compartilhada com o setor privado por meio de PPP (Parceria Público-Privada), como no Hospital Regional de Campo Grande e na futura unidade de Dourados. O projeto, elaborado em um ano e meio, visa descentralizar os serviços, atualmente concentrados na capital, e conta com investimento previsto de R$ 5,6 bilhões para ampliação da estrutura física do HRMS. A terceirização abrangerá a gestão administrativa, mantendo os serviços médicos sob responsabilidade do Estado. A telemedicina será utilizada para auxiliar médicos do interior em diagnósticos complexos, reduzindo a necessidade de deslocamento de pacientes para a capital. Secretários de Estado apresentaram o estudo aos parlamentares, ressaltando o aumento da demanda na saúde e a necessidade de modernização da gestão.
O governador Eduardo Riedel e secretários estão reunidos desde cedo com deputados estaduais, na Assembleia Legislativa, para discutir a proposta de mudar a gestão da saúde estadual, em um chamado projeto de regionalização hospitalar, que inclui o repasse da gestão ao setor privado. Uma PPP (Parceria Público Privado) foi anunciada para o Hospital Regional de Campo Grande e o repasse da gestão também está previsto para a unidade a ser inaugurada em Dourados.
A conversa ocorre a portas fechadas. Os secretários de Saúde, Maurício Simões, e Eliane Detoni, do Escritório de Projetos Especiais, apresentaram um estudo que foi elaborado ao longo de um ano e meio, segundo disse Riedel aos parlamentares. O secretário de Governo, Rodrigo Perez, também participa da reunião, que conta com 17 dos 24 deputados.
No caso da PPP do HRMS, o governo já realizou audiência pública na B3, onde ocorrem leilões de concessões, e abriu prazo para manifestações da comunidade. A ideia é terceirizar serviços administrativos e incluir a ampliação da estrutura física. O contrato é de gestão e não dos serviços de saúde, que devem ser conduzidos pelo Poder Executivo. O investimento público na PPP somaria R$ 5,6 bilhões.
Na audiência da B3, Simões expôs que a unidade de saúde foi criada há 30 anos, prevendo serviços para outro cenário, hoje superado.
Aos parlamentares, o governador mencionou o contínuo aumento de demandas da saúde nas três esferas do Poder Executivo. No Estado, há uma concentração de serviços na Capital, criando o que se convencionou chamar de ambulânciaterapia. Uma das apostas para reduzir essa concentração de serviços é o apoio de especialistas aos médicos do interior para o diagnóstico de casos mais complexos, por meio de telemedicina.