Grupo com 200 indígenas de MS integra mobilização nacional em Brasília
Acampamento Terra Livre (ATL) é considerado o principal espaço de articulação e mobilização indígena do país
Grupo de 200 indígenas de Mato Grosso do Sul participam, desde estas segunda-feira (7), da 21ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL), em Brasília (DF). A delegação partiu em quatro ônibus de comunidades dos municípios de Nioaque, Dois Irmãos do Buriti, Sidrolândia, Aquidauana, Anastácio, Miranda e Porto Murtinho, de diversas etnias.
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Um grupo de 200 indígenas de Mato Grosso do Sul participa do 21º Acampamento Terra Livre em Brasília, evento que reúne povos de todo o Brasil para discutir questões como território, saúde, educação e meio ambiente. A mobilização, que ocorre até 11 de agosto, inclui marchas, reuniões com autoridades e manifestações culturais. Organizado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, o evento busca dar visibilidade a pautas urgentes e promover diálogos sobre saúde indígena, transição energética e participação na COP 30. O encerramento contará com a leitura de um documento final com as deliberações.
O evento, considerado o principal espaço de articulação e mobilização indígena do país, reúne povos de todas as regiões do Brasil. A programação vai até sexta-feira (11), com atos públicos, reuniões com autoridades, plenárias temáticas e manifestações culturais.
Coordenador do Conselho do Povo Terena de Mato Grosso do Sul, Valcélio Figueiredo explicou que o grupo busca dar visibilidade a pautas urgentes. “Estamos fazendo mobilização para chamar atenção dos governos sobre o território, saúde, educação e preservação do ambiente”, afirmou.
Segundo ele, a agenda inclui encontros com lideranças políticas e representantes de organismos internacionais. “Agora, por exemplo, estou aqui na embaixada da Noruega”, relatou durante uma das atividades em Brasília.
Marcha, plenárias e reivindicações - Nesta terça-feira (8), os participantes do ATL percorreram cerca de 4 quilômetros do Eixo Monumental, entre o antigo Complexo Funarte e a Esplanada dos Ministérios. O grupo entoou cânticos e palavras de ordem em defesa de direitos indígenas garantidos pela Constituição.
O ATL é organizado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), em parceria com sete organizações regionais, entre elas o Conselho do Povo Terena, a Aty Guasu e a Comissão Guarani Yvyrupa.
Nesta quarta-feira (9), estão programados diálogos temáticos nas tendas das organizações e a Plenária Nacional de Saúde Indígena, com o tema “Transição, Resistência e Protagonismo”. No período da tarde, acontecem discussões sobre a atuação da Câmara de Conciliação no STF (Supremo Tribunal Federal) e a transição energética.
Também está prevista a apresentação de uma pesquisa sobre impactos de petróleo e gás na área da Apoinme, além do ato cultural “Memória, Justiça e Resistência Indígena LGBTQIA+”.
Na quinta-feira (10), a programação prevê a apresentação das delegações e a Marcha “A Resposta Somos Nós”, seguida de plenária sobre a participação indígena na COP 30, que ocorrerá em 2025. No mesmo dia será lançada a Comissão Internacional Indígena para a conferência climática.
A sexta-feira (11) marcará o encerramento do ATL, com os últimos diálogos temáticos pela manhã, uma plenária política à tarde e a leitura do documento final com as deliberações do acampamento.
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