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Política

Após adotar reforma, prefeitura alega economia de 2% na folha de pagamento

Folha que era 54% da receita caiu para 52% após reforma administrativa, diz a prefeita Adriane Lopes (PP)

Por Mylena Fraiha | 12/04/2025 13:49
Após adotar reforma, prefeitura alega economia de 2% na folha de pagamento
Fachada da Prefeitura de Campo Grande, localizada na Avenida Afonso Pena (Foto: Arquivo/Campo Grande News).

Com a meta de “enxugar” gastos, a prefeita Adriane Lopes (PP) afirmou na sexta-feira (11), durante reunião na Fecomércio-MS (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso do Sul), que a Prefeitura já reduziu em 2% os gastos com a folha de pagamento desde o início do ano, quando adotou medidas de contenção.

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A Prefeitura de Campo Grande reduziu em 2% os gastos com folha de pagamento desde o início de 2024, passando de 54% para 52% do comprometimento das receitas municipais, anunciou a prefeita Adriane Lopes (PP) durante reunião na Fecomércio-MS. A redução é resultado de uma reforma administrativa que cortou 30% da estrutura da máquina pública, incluindo extinção e fusão de secretarias. Um decreto de contingenciamento, válido até junho, estabelece restrições para contratações, gratificações e outros gastos, além de exigir corte de 25% no consumo de água, energia e outros serviços. Durante o encontro, também foram discutidas parcerias com o Sistema Comércio MS para projetos de desenvolvimento urbano, cultural e econômico, com foco na revitalização do Centro da cidade.

De acordo com Adriane, a folha de pagamento, que antes comprometia 54% das receitas do município, atualmente representa 52%. “Iniciamos 2024 com uma reforma administrativa que cortou 30% da estrutura da máquina pública. A gestão enfrentou críticas, mas era uma decisão necessária para evitar o colapso financeiro. Com responsabilidade, reorganizamos a casa”, afirmou.

A prefeita sancionou, em dezembro do ano passado, a reforma administrativa que reestrutura a organização do Poder Executivo Municipal. As mudanças, previstas na Lei nº 7.366, entram em vigor a partir de 1º de janeiro de 2025 e incluem a criação de novas secretarias, como a Secretaria Especial da Casa Civil e a Secretaria Especial de Articulação Regional. Ao mesmo tempo, pastas como a Subea (Bem-Estar Animal) e a Sugepe (Projetos Estratégicos) foram extintas.

Houve ainda fusão de pastas, como a Semadur (Secretaria de Meio Ambiente e Gestão Urbana) e a Sidagro (Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio), que passam a integrar a nova Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Meio Ambiente e Fiscalização. A proposta, segundo o Executivo, é concentrar funções para agilizar políticas públicas e otimizar os recursos disponíveis.

Além da reforma, em março, a Prefeitura publicou o Decreto nº 16.203/2025, com medidas de contingenciamento orçamentário que vão até 30 de junho. O texto estabelece restrições para contratação de pessoal, concessão de gratificações, pagamento de diárias e outros gastos da administração direta e indireta.

Também proíbe nomeações para cargos efetivos - salvo em casos de aposentadoria ou falecimento que afetem a continuidade dos serviços essenciais - e veda aumentos por substituições em cargos comissionados e ampliação de carga horária para professores, com exceção de reposições.

Segundo o decreto, os contratos administrativos passarão por revisão e renegociação. Reajustes só serão autorizados após uma “pechincha”, como define o texto, que prioriza a busca por descontos e a reavaliação da necessidade de cada contrato.

A contenção também inclui a suspensão de contratações temporárias, terceirizações e admissão de estagiários ou menores aprendizes, salvo em substituições ou quando houver recursos garantidos por convênios. Cada secretaria deverá cortar, no mínimo, 25% do consumo de água, energia elétrica, combustíveis, impressões e serviços terceirizados, com entrega de relatórios bimestrais detalhando as economias.

Após adotar reforma, prefeitura alega economia de 2% na folha de pagamento
Acompanhada da vice Camila e da senadora Tereza Cristina, Adriane participa de reunião na Fecomércio (Foto: Elias Campos).

Outras pautas - Além da pauta fiscal, o encontro com o Sistema Comércio MS discutiu possíveis parcerias para impulsionar projetos estratégicos voltados ao desenvolvimento urbano, cultural e econômico da Capital. A proposta é fomentar a cultura, revitalizar o Centro da cidade e estimular o comércio local.

Recebidas pelo presidente do Sistema Comércio MS, Edison Araújo, as lideranças debateram iniciativas que possam transformar espaços públicos e promover eventos e atividades socioculturais. “Fomos gestores de espaços, onde cuidávamos de tudo. Projetos que proporcionam um ambiente familiar com apresentações culturais, oficinas infantis e gastronomia. Hoje, queremos ser parceiros de verdade, onde for possível. Queremos construir algo duradouro e positivo para a cidade”, disse Araújo.

Já Adriane reforçou que a gestão está aberta ao diálogo e que o momento marca o início de um novo ciclo. “Esta primeira conversa é o ponto de partida para um novo ciclo de parcerias. O Centro de Campo Grande não pode ser deixado de lado. Vamos formar grupos técnicos e avançar com ações efetivas”, afirmou.

Participaram também da reunião a vice-prefeita Camilla Nascimento, a senadora Tereza Cristina (PP), o presidente da Acrissul, Guilherme Bumlai, além de representantes do Senac, Sesc e o secretário-adjunto de Governo e Relações Institucionais, Ulisses Rocha.

Conforme a Prefeitura, reuniões técnicas devem começar nas próximas semanas para detalhar os projetos e formalizar as cooperações com o Sistema Comércio.

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