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Política

Juiz analisa prorrogação de prisões temporárias em Campinas

Fabiano Arruda | 24/05/2011 17:15

Prisões temporárias vencem hoje

Ex-prefeito de Corumbá é um dos que continuam presos. (Foto: Reprodução/EPTV)
Ex-prefeito de Corumbá é um dos que continuam presos. (Foto: Reprodução/EPTV)

Após ouvir depoimentos dos presos na operação do caso Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A) nesta terça-feira, em Campinas (SP), o juiz Nelson Augusto Bernardes, da 3ª Vara Criminal do município paulista, analisa o pedido de prorrogação da prisão temporária dos presos, em reunião com promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).

A informação foi divulgada pelo portal RAC (Rede Anhanaguera de Comunicação), baseada em notícia veiculada pela Rádio CBN.

Os pedidos de prorrogação estão sendo analisados individualmente pelo juiz.

Entre os 11 presos na 2º Distrito Policial, localizado no bairro São Bernardo, em Campinas, estão Ricardo Chimirri Cândia, ex-prefeito de Corumbá, que era diretor de Planejamento da Prefeitura de Campinas, e Aurélio Cance Júnior, ex-diretor da Sanesul e que também foi diretor da Sanasa. Eles representam a chamada “República de Corumbá”.

Francisco de Lagos, que foi secretário de Cultura em Campo Grande, na prefeitura de Lúdio Coelho e também foi presidente da Fundesporte no governo Pedro Pedrossian, e exercia o cargo de secretário de Comunicação em Campinas, é tido como foragido.

O ex-secretário municipal de Segurança Pública, Carlos Henrique Pinto, também está foragido. Ambos foram exonerados hoje.

O vice-prefeito Demétrio Vilagra também teve prisão temporária decretada e está foragido. Ele, entretanto, continua no cargo.

Os depoimentos colhidos hoje na unidade policial são determinantes para as análises dos pedidos de prorrogação da prisão temporária, que vence hoje às 23h59 (horário de SP).

“Só depois de ouvirmos todos vamos saber se será preciso fazer alguma acareação ou tomar novos depoimentos”, disse o promotor Ricardo Schade em entrevista à Agência Brasil.

Schade disse que as fraudes ocorriam desde 2005, quando foram empossados membros da equipe do atual prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira Santos. Ele afirmou que ainda não há uma estimativa do valor que possa ter sido desviado da prefeitura.

Ontem, o prefeito Hélio de Oliveira Santos, que está na mira dos vereadores da cidade, que pedem impeachment, afirmou que não sabia da existência de irregularidades na prefeitura. “Não tinha conhecimento da denúncia. Se tivesse, tinha mandado fazer auditoria e sindicância”, disse, ainda conforme publicado pela Agência Brasil.

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