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Política

Justiça garante a André e dois vereadores acesso total à Coffee Break

Michel Faustino e Antonio Marques | 25/11/2015 14:40
O advogado Rene Siufi e o ex-governador André Puccinelli deixando o Gaeco apos prestar depoimento em setembro deste ano (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
O advogado Rene Siufi e o ex-governador André Puccinelli deixando o Gaeco apos prestar depoimento em setembro deste ano (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

A Seção Criminal do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), convalidou liminar impetrada pela defesa do ex-governador, André Puccinelli e dos vereadores Carla Sthepanini e Edil Albuquerque, ambos do PMBD, para ter acesso ao procedimento investigatório criminal da operação “Coffe Break”, realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), para investigar a compra de parlamentares, na cassação do prefeito Alcides Bernal(PP).

O advogado Renê Siufi explicou que já havi feito um pedido de liminar e, posteriormente, entrou com mandado de segurança e conseguiu parte das cópias dos depoimentos. Segundo ele, mesmo o parecer da PGJ (Procuradoria Geral de Justiça) sendo favorável ao mandado, ele ainda não teria recebido todas cópias das oitivas.

Porém, com a decisão do mérito, seguindo a decisão liminar do desembargador, a turma concedeu, por unanimidade, a ele a possibilidade de acessar os documentos. Siufi disse que vai requerer novamente ao Gaeco o acesso a alguns depoimentos que ele ainda não teria recebido.

Os três vereadores, além do ex-governador André Puccinelli, negaram qualquer participação em um esquema de compra de votos de vereadores, feitos por empresários, com a intenção de cassar o mandato de Alcides Bernal (PP) , que estaria prejudicando os interesses comerciais.

Os vereadores alegaram que votaram pela cassação, em março de 2014, porque existiam provas levantadas pela CPI da Inadimplência e Comissão Processante, que apontavam irregularidades na gestão de Bernal. Já Puccinelli disse que não atuou nem para cassar o prefeito e muito menos para o seu retorno. Nesta oportunidade ainda disse que tem as contas abertas a disposição da Justiça, desde 1997.

A Operação Coffee Break foi deflagrada no dia 25 de agosto, para investigar o esquema de cassação do prefeito Bernal. No dia da ação, 13 pessoas, entre empresários e políticos, foram conduzidos coercitivamente para prestar depoimento no Gaeco. Entre eles João Amorim, dono da Proteco, João Baird, dono da Itel Informática, além de nove vereadores.

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