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Política

Lupi pede demissão e braço direito assume Ministério

Carlos Lupi não aguentou a pressão depois da investigação sobre descontos ilegais de aposentadorias do INSS

Por Silvia Frias | 02/05/2025 16:54
Lupi pede demissão e braço direito assume Ministério
Carlos Lupi entregou carta de demissão nesta sexta-feira (Foto: Instagram)

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, entregou nesta sexta-feira (2) seu pedido de demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em nota oficial, Lupi afirmou deixar o cargo com a “certeza de que seu nome não foi citado em nenhum momento nas investigações em curso”, que apuram possíveis irregularidades no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), órgão vinculado à pasta.

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O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, apresentou sua carta de demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta-feira, 2 de novembro. Lupi afirmou que deixa o cargo com a certeza de que não foi mencionado nas investigações sobre irregularidades no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que apuram descontos ilegais em aposentadorias e pensões. Em sua nota, Lupi destacou o apoio do ministério às investigações e expressou a esperança de que os responsáveis pelos desvios sejam identificados e punidos. Ele se comprometeu a continuar colaborando com o governo e a acompanhar o andamento das apurações, que revelaram que os descontos não autorizados aumentaram significativamente desde 2019.

“Entrego, na tarde desta sexta-feira, a função de Ministro da Previdência Social ao Presidente Lula, a quem agradeço pela confiança e pela oportunidade”, escreveu o agora ex-ministro.

O pedido é consequência da investigação sobre descontos ilegais em aposentadorias e pensões do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Com a saída de Lupi, assume o cargo o ex-deputado federal Wolney Queiroz, nome indicado pelo PDT. Queiroz é o  atual braço-direito de Lupi e segundo aliados, tem bom trânsito com o petismo e não enfrentaria resistências.

Em nota, a Presidência da República confirmou a saída de Lupi e o convite feito a Queiroz. A exoneração de um e a nomeação de outro serão publicadas ainda hoje em edição extra no Diário Oficial da União.

Saída - No comunicado, Lupi destacou que todas as investigações contaram com o apoio integral do ministério, sob sua gestão, e dos órgãos de controle do governo federal. Ele também afirmou esperar que os responsáveis pelos desvios sejam identificados e punidos com rigor.

“Faço questão de destacar que todas as apurações foram apoiadas, desde o início, por todas as áreas da Previdência, por mim e pelos órgãos de controle do governo Lula. Espero que as investigações sigam seu curso natural, identifiquem os responsáveis e punam, com rigor, aqueles que usaram suas funções para prejudicar o povo trabalhador”, declarou.

Mesmo fora do cargo, Lupi se comprometeu a continuar colaborando com o governo e a fiscalizar o andamento das apurações, com o objetivo de garantir a restituição dos recursos eventualmente desviados do INSS.

A permanência de Lupi no cargo se tornou insustentável, por conta da investigação da PF e da CGU (Controladoria-Geral da União), sobre descontos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSS.

Conforme apuração, as ilegalidades ganharam força a partir de 2019, no mandato do então presidente Jair Bolsonaro (PL), e atingiram a casa dos bilhões a partir de 2023, no terceiro mandato do presidente Lula. O aumento atípico nos últimos anos —com movimentações no Congresso que impediram regras mais duras para esses débitos— chamou a atenção.

A controladoria aponta que o INSS ignorou alertas feitos pelos órgãos de controle em 2024. Segundo a CGU, foram enviados seis ofícios entre 8 de maio de 2024 e 12 de julho daquele ano, pedindo providências, que teriam ficado sem resposta.

O INSS nega que alertas tenham sido ignorados. O órgão diz que respondeu a uma recomendação da CGU pedindo explicações sobre o ofício enviado, mas não obteve resposta.

Há o diagnóstico no governo de que a Lupi coube a pecha de omisso. Por isso, a avaliação é que sua permanência era insustentável. (Com informações da Folha de S. Paulo)

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