Moka fala em “reconstrução” do MDB em MS, para voltar forte ao jogo em 2026
Reconduzido à presidência, ele reafirma apoio a Riedel e aposta em Puccinelli e ex-deputados para eleições
Sem representantes na Câmara Federal e no Senado, o MDB (Movimento Democrático Brasileiro) de Mato Grosso do Sul definiu como meta retomar espaço político nas eleições de 2026. O discurso, reforçado durante a convenção estadual que reconduziu o ex-senador Waldemir Moka à presidência do diretório regional, foi de reconstrução: conquistar ao menos quatro cadeiras na Assembleia Legislativa, eleger um deputado federal e se colocar novamente na disputa por uma vaga no Senado.
RESUMO
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O MDB de Mato Grosso do Sul definiu suas metas para as eleições de 2026 durante convenção estadual que reconduziu Waldemir Moka à presidência do diretório regional. O partido busca reconquistar espaço político, almejando quatro cadeiras na Assembleia Legislativa, uma vaga na Câmara Federal e presença no Senado. Para a Assembleia, o partido conta com três ex-deputados e o ex-governador André Puccinelli como possíveis candidatos. O partido já firmou apoio à gestão do governador Eduardo Riedel (PP) e avalia uma possível federação com o Republicanos, o que poderia resultar em até 25 candidaturas.
O MDB realiza desde as 8h, em Campo Grande, sua convenção estadual para definir os membros do diretório e a nova Comissão Executiva do partido em MS para o biênio 2025-2027. A votação acontece até as 17h, na sede do Diretório Estadual, localizada na Avenida Mato Grosso, no Bairro Carandá Bosque.
Segundo Moka, o partido já tem compromisso firmado de apoiar a gestão do governador Eduardo Riedel (PP). “Nós estaremos juntos com ele. O MDB não é só um partido, tem um pouco mais de responsabilidade. No ano que vem, o MDB estará no páreo, com certeza”, afirmou.
A projeção para a Assembleia Legislativa é considerada promissora porque três ex-deputados confirmaram que disputarão novamente pelo MDB. Além deles, o ex-governador André Puccinelli deve concorrer a uma cadeira. Dependendo do formato das alianças, o partido pode lançar de 12 a 13 nomes em caso de federação com o Republicanos ou, se disputar sozinho, até 25 candidatos.
Os deputados estaduais Renato Câmara e Júnior Mochi manifestaram interesse em disputar a reeleição, mas afirmaram estar abertos a outras possibilidades caso seja a decisão do partido.
“Minha candidatura é para deputado estadual. Fora disso, são circunstâncias que posso avaliar, mas agora estou focado na Assembleia. Estou percorrendo o interior todo. Na eleição anterior, precisei abrir mão de uma candidatura pronta para disputar o governo. Agora não: meu foco é a Assembleia. Circunstancialmente, posso considerar outras opções mais à frente, mas, sobre o Senado, a candidatura exige construção com muito mais tempo e é mais complexa”, disse Mochi.
Senado e impasse político - Para o Senado, ainda não há definição. O nome da senadora Simone Tebet chegou a ser cogitado, mas a proximidade dela com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gera resistência dentro do diretório sul-mato-grossense, que historicamente se posiciona contra alianças com os petistas. “O problema não é de legenda, é político. Porque a Simone vai pedir voto para o Lula, enquanto aqui o governo terá um candidato da direita”, ressaltou Moka. Outra alternativa em debate é o nome do ex-deputado federal Carlos Marun.
Cenário nacional e federação - No campo nacional, a possibilidade de uma federação com o Republicanos segue em avaliação. Moka lembrou que a decisão pode depender do posicionamento do PL, que negocia apoio com setores ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A aproximação com figuras como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também é vista como um caminho possível para alianças.
Apesar do crescimento do PL no Estado, Moka acredita que o MDB seguirá relevante. “Aqui não acredito em polarização, porque Mato Grosso do Sul é majoritariamente conservador. O MDB terá condições de manter protagonismo”, disse.

Composição da Executiva Estadual do MDB/MS
Biênio 2025-2027
Titulares
Presidente de Honra: André Puccinelli (Campo Grande)
Presidente: Waldemir Moka (Campo Grande)
1º Vice-presidente: Eduardo Rocha (Três Lagoas)
2º Vice-presidente: Junior Mochi (Coxim)
3º Vice-presidente: Carlos Marun (Campo Grande)
Secretário-Geral: Renato Câmara (Dourados)
Secretária adjunta: Maria Emília (Campo Grande)
Secretária da Mulher: Carlla Bernal (Campo Grande)
Tesoureiro: Ernesto Ourives (Campo Grande)
Tesoureiro-Adjunto: Mário Cogo (Campo Grande)
1º Vogal: Loester Nunes (Campo Grande)
2º Vogal: Jamal Salem (Campo Grande)
3º Vogal: Alfredo Martins (Campo Grande)
4º Vogal: Junior Coringa (Campo Grande)
Líder da bancada: Márcio Fernandes (Campo Grande)
Suplentes
1º Suplente: Cleber Dias (Vicentina)
2º Suplente: Wilson Sami (Campo Grande)
3º Suplente: Everaldo Leite Dias (Dourados)
4ª Suplente: Manuelina Martins (Costa Rica)
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