Clima desafia produtores no início da safra de soja 25/26 em MS
Chuvas irregulares e influência do La Niña exigem planejamento estratégico no campo
A colheita do milho da segunda safra entra na reta final em Mato Grosso do Sul, enquanto os produtores se preparam para plantar a soja da safra 2025/2026. O prognóstico da Primavera divulgado pelo Cemtec/MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) indica que os meses de outubro, novembro e dezembro, fundamentais para o desenvolvimento inicial da cultura, devem registrar chuvas irregulares, temperaturas acima da média histórica e influência do fenômeno La Niña.
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O início do plantio da safra de soja 2025/2026 em Mato Grosso do Sul enfrenta desafios climáticos significativos. Segundo o Cemtec/MS, os meses cruciais para o desenvolvimento inicial da cultura terão chuvas irregulares e temperaturas acima da média, com influência do fenômeno La Niña, que tem 71% de probabilidade de ocorrência. A área plantada deve alcançar 4,79 milhões de hectares, um aumento de 5,9% em relação à safra anterior. A produção estimada é de 15,2 milhões de toneladas, com produtividade média projetada de 52,8 sacas por hectare, representando crescimento de 2% em comparação ao último ciclo.
O levantamento mostra que a precipitação acumulada histórica varia de 400 a 500 milímetros na maior parte do Estado. No Nordeste e extremo Sul, as médias sobem para 500 a 600 mm, e no Noroeste ficam entre 300 e 400 mm.
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Neste ano, a tendência é de volumes ligeiramente abaixo da média no Sudeste. Em relação à temperatura, a expectativa é de dias mais quentes que os registrados normalmente no período, que variam entre 22°C e 28°C.
Essas condições podem impactar diretamente o calendário de plantio da soja. Entre 18 de outubro e 8 de novembro, cerca de 70% da área cultivada deve ser semeada, segundo dados da Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja e Milhos de Mato Grosso do Sul) em parceria com o Governo do Estado. Já em dezembro, parte das lavouras entra no estágio reprodutivo.
De acordo com o coordenador técnico da Aprosoja/MS, Gabriel Balta, a combinação de calor e baixa umidade pode provocar falhas de germinação e atraso na emergência das plantas. Por outro lado, excesso de chuva pode prejudicar as sementes e atrasar a entrada das máquinas no campo.
“Diante desse cenário, os produtores devem buscar estratégias de mitigação dos riscos, como escalonamento do plantio, uso de sementes de alto vigor, controle da umidade do solo e monitoramento climático constante”, orienta.
O Cemtec/MS aponta probabilidade de 71% para a ocorrência do La Niña, que tende a provocar dias mais secos intercalados com chuvas intensas. Até o mês passado, os modelos climáticos mostravam maior chance de neutralidade, o que reforça a necessidade de atenção redobrada para possíveis mudanças ao longo da safra.
Projeção da produção - A área plantada deve chegar a 4,79 milhões de hectares, aumento de 5,9% em relação ao ciclo anterior. A produção estimada é de 15,2 milhões de toneladas, alta de 8,1% sobre a safra 2024/2025. A produtividade média projetada é de 52,8 sacas por hectare, crescimento de 2% frente ao último ciclo.
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