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Política

Na disputa pelo Senado, Miglioli quer “partir para cima” do governo federal

"Penso que um senador tem peso forte nessa discussão, que é fazer o governo federal assumir a sua responsabilidade na nossa faixa de fronteira", diz o candidato

Aline dos Santos | 20/09/2018 10:58
Ex-secretário de Obras, Marcelo Miglioli tem 47 anos, é engenheiro civil e bacharel em Direito. (Foto: Marina Pacheco)
Ex-secretário de Obras, Marcelo Miglioli tem 47 anos, é engenheiro civil e bacharel em Direito. (Foto: Marina Pacheco)

Candidato ao Senado, Ednei Marcelo Miglioli (PSDB), 47 anos, começou no setor privado, onde atuou desde 17 anos, foi para a gestão pública ao assumir a Seinfra (Secretaria Estadual de Infraestrutura) e, agora, chega à política em busca de ser o representante de Mato Grosso do Sul capaz de “partir para cima do governo federal”.

“A minha candidatura não surgiu só do Marcelo. Surgiu de um grupo e, principalmente, do entendimento do governador Reinaldo [Azambuja] da necessidade de ter alguém em Brasília que realmente vá para cima do governo federal. Nós tivemos problema muito sério nessa gestão, que foi a falta de parceria. Praticamente não tivemos investimento federal no Estado nesse período dos quatro anos na primeira gestão do Reinaldo, isso sobrecarregou o Estado”, afirma o candidato em entrevista ao Campo Grande News.

Na disputa por uma vaga no Senado Federal, Marcelo Miglioli defende prioridades como geração de emprego, ampliação de recursos para saúde e educação, e, sobretudo, trabalho em prol das “fronteiras abandonadas” de Mato Grosso do Sul. O Estado faz fronteira com Paraguai e Bolívia.

“Penso que um senador tem peso forte nessa discussão, que é fazer o governo federal assumir a sua responsabilidade na nossa faixa de fronteira. O grande problema da segurança pública de Mato Grosso do Sul, e poderia dizer do Brasil, é que nossas fronteiras foram abandonadas pelo governo federal. Cobrar da União que assuma a sua responsabilidade. Sozinho, o Estado não consegue resolver os problemas da segurança” , diz Miglioli.

Na saúde, a proposta é buscar investimentos para acelerar a regionalização do atendimento. No segmento da educação, o candidato defende mais recursos para melhorar a infraestrutura das escolas.

"No nosso entendimento, essa defasagem de infraestrutura é motivo de crianças e adolescentes não quererem ficar nas escolas. Tem falta de quadro, biblioteca, laboratório. Vamos atuar muito forte para que possa ampliar o número de escolas em tempo integral".

Grandes projetos – Conforme Marcelo Miglioli, seu projeto de chegar ao Senado também contempla a geração de empregos. “O único caminho para o Brasil é aumentar os investimentos para que possa gerar emprego e renda”, diz.

Segundo o candidato, Mato Grosso do Sul tem três grandes projetos estruturais que dependem do governo federal. A revitalização da ferrovia Três Lagoas a Corumbá, criando a rota bioceânica ferroviária; a rota biocêanica rodoviária, que permite levar mercadorias para os portos do Chile; e a Ferroeste, que fará a ligação por ferrovia entre Dourados e o porto de Paranaguá (Paraná).

Miglioli é candidato ao Senado pelo PSDB. (Foto: Marina Pacheco)
Miglioli é candidato ao Senado pelo PSDB. (Foto: Marina Pacheco)

“Não tenho dúvidas de que esses três grandes projetos vão colocar Mato Grosso do Sul num outro patamar. Projetos que vão dar oportunidade para um grande desenvolvimento”

Trajetória - Marcelo tem 47 anos, é casado e tem duas filhas. Ele é formado em engenharia civil pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e bacharel em Direito pela UCDB (Universidade Católica Dom Bosco).

“Sempre militei na vida empresarial. Desde os 17 anos administro empresas e fui para gestão pública para ocupar a cadeira de secretário de infraestrutura do governo. O trabalho surpreendeu a todos. Não só pelo volume de serviço, mas pela forma. Fizemos investimentos em todos os municípios. É possível fazer quando você trabalha com seriedade”, diz o candidato.

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