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Política

Não foi pela reeleição, diz Riedel sobre filiação ao PP

Para governador, mudança de partido se deve à reforma eleitoral

Por Fernanda Palheta | 21/08/2025 08:02
Não foi pela reeleição, diz Riedel sobre filiação ao PP
Governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PP), durante discurso em evento de lançamento do calendário de aniversário de Campo Grande (Foto: Henrique Kawaminami)

A filiação do governador Eduardo Riedel ao PP (Partido Progressistas) da senadora Tereza Cristina não teve cálculo eleitoral. Em entrevista ao Bom Dia MS, na manhã desta quinta-feira (21), o governador garantiu que não pensou na reeleição do Executivo Estadual no ano que vem ao deixar o ninho tucano. Ele justifica a mudança como consequência da reforma eleitoral.

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O governador Eduardo Riedel oficializou sua filiação ao PP, destacando que a decisão não foi motivada por cálculos eleitorais para a reeleição em 2024. Em entrevista, Riedel afirmou que a mudança é uma resposta à reforma política e à redução do número de partidos, o que considera saudável para a política brasileira. Apesar da troca de sigla, Riedel assegurou que não haverá alterações nas diretrizes ou na gestão do governo. Ele enfatizou que a escolha de secretários e a condução de políticas públicas continuarão a ser pautadas por competência e alinhamento com seu plano de governo, independentemente da filiação partidária.

“A gente está passando por uma transição política importante. O Brasil mudou. Com a reforma política, a cláusula de barreira e todas essas discussões que foram colocadas, a gente está saindo daquela realidade de 35 partidos para um volume bem menor de partidos, o que é muito saudável. Eu sou totalmente favorável a isso, porque não tem ideologia para tudo isso, não tem diretriz pública para tudo isso”, disse.

Riedel oficializou a filiação ao PP nesta terça-feira (19), durante a convenção nacional do partido. Apesar de negar interesse eleitoral, a movimentação resultou em um ganha-ganha para o governador. Ele deixa o PSDB sem perder a estrutura do partido, que conta com três deputados federais, seis estaduais, cerca de 40 prefeitos e 300 vereadores, que continuarão apoiando sua reeleição.

O grupo ainda contará com o reforço do PL no Estado, que será assumido no início de setembro pelo líder do grupo governista, o ex-governador Reinaldo Azambuja. Em entrevista ao podcast Na Íntegra, do Campo Grande News, no dia 4 de agosto, Reinaldo já havia indicado que o fim da dobradinha com Riedel no ninho tucano era a estratégia "mais inteligente" para alcançar o objetivo principal do grupo político: a reeleição do governador.

Mesmo com a troca partidária, Riedel garante que não haverá mudanças na gestão estadual, nem nas diretrizes, nem na composição do governo. “A gente foi para esse partido e mantém diretrizes que são alinhadas com os valores que eu sempre pratiquei na política: foco no resultado, desenvolvimento, crescimento, inclusão social. Tudo isso não muda dentro da nossa diretriz. O que muda é a sigla partidária a partir dessa transformação que a política brasileira está sofrendo nesse momento”, completou.

Segundo o governador, a composição do governo não foi pautada em acomodação partidária. “Eu sempre busquei a indicação para o secretário, para o time que está à frente de políticas públicas importantes, pessoas que fossem alinhadas com o nosso plano de governo independentemente de partido. Essa foi a minha orientação central desde o início. A gente continua trabalhando independente de novo. Pelo fato de o governo não ter todo esse vínculo partidário, a gente continua trabalhando para as pessoas, para o público, com a diretriz e com o monitoramento dos resultados alcançados”, finalizou.

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