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Política

Não vou tirar PT do Governo, afirma Eduardo Riedel

Governador diz que é precoce tratar de relações com aliados, tão distante das eleições

Por Maristela Brunetto e Fernanda Palheta | 30/04/2025 11:19

Não vou tirar PT do Governo, afirma Eduardo Riedel
Esta manhã Riedel disse que diferenças políticas com o aliado PT não devem interferir no dia a dia do Poder Executivo (Foto: Henrique Kawaminami)

RESUMO

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O governador Eduardo Riedel afirmou que as divergências políticas com o PT não afetarão a aliança no Governo do Estado. Ele destacou que críticas e diferenças de posicionamento são naturais no processo político, mas não interferem na execução das políticas públicas. Riedel ressaltou a competência dos técnicos indicados pelo PT, como na Agraer, e defendeu que a agenda do governo é técnica, não partidária. Riedel também comentou sobre as articulações partidárias, defendendo a redução do número de partidos no Brasil para cerca de dez, por considerar que o atual cenário é disfuncional. Ele mencionou a formação de uma superfederação entre PP e União Brasil e reiterou sua afinidade com políticos de centro-direita, sem pretensão de deixar o PSDB. O governador afirmou que discussões sobre alianças eleitorais só devem ocorrer em 2026.

A manifestação de críticas por deputados estaduais ou diferença de posições políticas não vão prejudicar a aliança com o PT na administração do Governo do Estado, disse esta manhã o governador Eduardo Riedel, apontando ser precipitado discutir alianças tão longe das eleições estaduais. O titular do Executivo disse que só pretende se dedicar ao tema em 2026, passado o Carnaval.

O assunto volta à carga um dia após os petistas criticarem o Governo diante da atuação da Polícia Militar em protestos de sem-terra, tema que acirrou debates na sessão de ontem da Assembleia Legislativa. Antes disso, Riedel e petistas antagonizaram opinião sobre os desdobramentos dos atos de 8 de Janeiro em Brasília, com o governador defendendo debate sobre as penas aplicadas a condenados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e os petistas se declarando contra eventual anistia. “Acho que faz parte do processo político essa discussão”, comentou, defendendo que as críticas na esfera política e o trabalho de técnicos “são coisas distintas”.

Ao participar de solenidade na Sefaz (Secretaria de Fazenda), Riedel citou como exemplo a presença de indicados do PT na Agraer, para atuar na assistência à agricultura familiar, e disse que os nomeados são técnicos, “fazendo um belíssimo trabalho”. Ele emendou apontando que sua agenda não é partidária. “O governo, quem ocupa espaço em governo, é gente que tem competência pra estar ali, pra poder executar um plano de governo, que é o que vocês estão vendo aqui. Se ela é do partido A, B, C e D, é uma decisão de cada um, é liberdade de cada um. Se o PP ou União integra o governo do PT, é uma decisão da relação deles. Se existem pessoas do PT dentro do nosso governo, é porque elas são competentes pra conduzir e atuar dentro da área que elas estão atuando.”

Ele disse ser natural ocorrer, mais adiante, debate sobre a formação de uma coalização, destacando sua afinidade com políticos de centro-direita. Ontem, foi formalizada uma superfederação, reunindo PP e União Brasil, surgindo a defesa de que este partido saia da base do governo federal para ficar na oposição, como ocorre com políticos do PP.

O PSDB já se articulou com o Podemos e mantém conversas com o Republicanos. Riedel voltou a repetir que não deseja deixar o ninho tucano, acreditando que um desfecho deve ficar para o ano que vem, quando abre janela partidária em abril para os candidatos a cargos legislativos. Ele voltou a considerar natural as reformulações partidárias, por não haver justificativa para o País ter quase 40 partidos. Novamente lembrou que não há tantas correntes ideológicas para abarcar a quantidade de legendas.

Para ele, cerca de dez partidos seria razoável. “Em âmbito nacional, natural que haja essas conversas, essas afinidades, porque vai haver uma diminuição de partido, e que é muito bom. O Brasil não poderia conviver com 35 partidos dentro da sua composição democrática, porque é disfuncional. Não existem 35 ideologias, existem grupos e pensamentos que devem ser priorizados e é muito difícil fazer uma fusão, fazer uma federação.”

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