Falta de vagas para urologista em Campo Grande vira alvo de investigação do MPMS
Até o dia 21 de maio, 1.572 pacientes aguardavam consulta nessa especialidade
Pacientes que dependem do sistema público de saúde em Campo Grande enfrentam dificuldades para conseguir consultas com urologistas. A situação levou o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) a abrir um inquérito para investigar a falta de vagas e a suspensão temporária dos atendimentos na Santa Casa, que deixou de realizar consultas eletivas na especialidade desde fevereiro deste ano.
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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul abriu inquérito para investigar a falta de vagas para consultas com urologistas em Campo Grande. A situação agravou-se após a Santa Casa suspender temporariamente os atendimentos eletivos em fevereiro, devido a problemas contratuais. Até 21 de maio, 1.572 pacientes aguardavam consulta na especialidade. Embora a Santa Casa tenha informado a retomada dos serviços, a promotora Daniella Costa da Silva solicitou informações detalhadas a todas as instituições envolvidas, que têm 20 dias úteis para responder sobre oferta de vagas e previsão de ampliação dos atendimentos.
De acordo com o processo, a interrupção ocorreu por causa de problemas no contrato com a empresa responsável pelo serviço. Mesmo com a paralisação, a Santa Casa manteve o atendimento apenas para casos de urgência e emergência. A fila de espera aumentou e, até o dia 21 de maio, 1.572 pacientes aguardavam consulta com urologista. As agendas para cirurgias na área continuavam fechadas até essa mesma data.
Em resposta ao Ministério Público, a Santa Casa informou que o serviço foi retomado e que os atendimentos ambulatoriais voltaram a ser realizados normalmente. Apesar disso, a promotora de justiça Daniella Costa da Silva decidiu aprofundar a investigação para verificar se houve ampliação real das vagas e se as medidas adotadas pelos gestores são suficientes para atender a fila de espera.
Com isso, foram cobradas informações da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), da SES (Secretaria de Estado de Saúde), do Hospital Regional, do Hospital Universitário, da Santa Casa e da empresa prestadora.
Todos os envolvidos têm 20 dias úteis para informar o número de vagas ofertadas, quantidade de atendimentos realizados recentemente e previsão de ampliação dos serviços. A Promotoria de Saúde Pública segue acompanhando o caso e pode responsabilizar gestores públicos caso sejam confirmadas falhas no atendimento ou omissão.
Para a Santa Casa, em nota enviada à reportagem, mesmo que o retorno os atendimentos recentemente, há um inevitável acúmulo de pacientes que está sendo paulatinamente regularizado.
"O ambulatório e as cirurgias eletivas de urologia ficaram suspensas por vários meses na Santa Casa de Campo Grande devido atraso de pagamento das equipes médicas. Esse pagamento já foi regularizado pelo hospital e as consulta e procedimentos voltaram a ser realizados. Inclusive já 4 transplantes foram realizados na instituição desde a reativação. As vagas de ambulatório e de cirurgias urológicas seguem normalmente oferecidas desde a reativação que ocorreu há cerca de 45 a 60 dias", diz a nota.
A reportagem do Campo Grande News entrou em contato com a Sesau e SES para entender se vão emitir alguma manifestação pública sobre o caso ou apenas no processo. O espaço está aberto para esclarecimentos.
*Matéria editada às 17h25 para acréscimo de informações.
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