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Lado Rural

Sete países voltam a importar frango com fim de surto da gripe aviária

Ao todo, 24 países já suspenderam as barreiras comerciais à carne de frango nacional

Por Gustavo Bonotto | 04/07/2025 22:51
Sete países voltam a importar frango com fim de surto da gripe aviária
Galinhas em granja no interior de Mato Grosso do Sul. (Foto: Arquivo/Semadesc)

Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) informou, nesta sexta-feira (4), que sete países retiraram as restrições à importação de carne de frango do Brasil após o encerramento do surto de gripe aviária registrado em maio, no município de Montenegro (RS).

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Sete países retomam importação de frango brasileiro após fim de surto de gripe aviária. Argentina, Cuba, Emirados Árabes Unidos, Filipinas, Índia, Mauritânia e Uruguai normalizaram as compras após o Brasil controlar o foco de gripe aviária em Montenegro (RS), em maio. A doença, detectada em uma granja comercial, resultou na morte e sacrifício de mais de 17 mil aves.Com a declaração do fim do surto pela Organização Mundial de Saúde Animal, 24 países já suspenderam as restrições à carne de frango brasileira. No entanto, dez países, incluindo China, União Europeia, Canadá, Chile e Peru, mantêm o embargo total. Outros 18 países restringem as importações apenas do Rio Grande do Sul ou de áreas próximas ao foco da doença. O Brasil busca a normalização do comércio com todos os países, especialmente a China, principal importador.

Argentina, Cuba, Emirados Árabes Unidos, Filipinas, Índia, Mauritânia e Uruguai comunicaram oficialmente a retomada das compras do produto brasileiro. O surto ocorreu em uma granja comercial com 17 mil aves, onde 15.650 galinhas morreram e outras 1.358 foram sacrificadas para conter a doença.

Ao todo, 24 países já suspenderam as barreiras comerciais à carne de frango nacional, enquanto 10 ainda mantêm o embargo total. Entre os países que mantêm a suspensão estão China, União Europeia, Canadá, Chile e Peru. Além disso, 18 países mantêm restrições apenas ao estado do Rio Grande do Sul, onde o foco da doença foi localizado, e outros restringem a importação em áreas específicas ao redor da granja.

A OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal) reconheceu o encerramento do caso de influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) na produção comercial de aves brasileira, o que possibilitou a flexibilização das restrições. O foco foi detectado em 11 de maio, quando a empresa notificou mortes suspeitas de aves. As equipes estaduais interditaram o local no dia seguinte, e a confirmação da doença veio em 15 de maio.

O protocolo sanitário adotado com os países importadores prevê a suspensão temporária das exportações apenas das regiões afetadas, para evitar impactos em toda a produção nacional. Por isso, muitos países mantêm embargos limitados ao Rio Grande do Sul ou a municípios específicos, como Montenegro. Países como Catar e Jordânia restringem a importação apenas do município onde o surto foi detectado, enquanto o Japão ampliou as suspensões para outras localidades com notificações.

O governo brasileiro espera que, com o reconhecimento internacional da eliminação do surto, outros mercados flexibilizem as restrições nos próximos meses. A China, principal destino da carne de frango brasileira, aguarda informações adicionais para reavaliar a suspensão, conforme solicitado à Administração Geral de Alfândega do país.

A gripe aviária, uma doença infecciosa que afeta aves e, em casos raros, humanos, circula mundialmente desde 2006, com maior incidência na Ásia, África e norte da Europa. No Brasil, esta foi a primeira ocorrência confirmada em uma produção comercial, sendo que anteriormente a doença havia sido detectada apenas em animais silvestres ou produções domésticas.

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