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Política

PGR pede condenação de Lula, Bumlai e Delcídio por obstrução à Justiça

Nyelder Rodrigues | 18/05/2016 21:00

A PGR (Procuradoria Geral da República) pediu a condenação por obstrução à justiça do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do empresário sul-mato-grossense José Carlos Bumlai, do filho dele, Maurício Barros Bumlai, e do ex-senador petista Delcídio do Amaral. O teor da denúncia foi revelada hoje (18) no Jornal Nacional, da Rede Globo.

Segundo o documento, a partir das delações de Delcídio e do ex-chefe de gabinete dele, Diogo Ferreira, foi possível concluir que eles, junto a José e Maurício Bumlai, além de Lula, tentaram comprar o silência do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, por R$ 250 mil.

Os pagamentos, segundo a denúncia, foram realizados parceladamente. Os primeiros R$ 50 mil teriam sido entregues ao Cerveró em maio de 2015. Delcídio foi quem repassou o dinheiro, que foi sacado dois dias antes por Maurício Bumlai, conforme os extratos bancários indicam - dois saques de R$ 25 mil.

Já os demais pagamentos foram feitos por Diogo Ferreira, entre junho e setembro, em quatro vezes. Os saques sempre ocorriam em uma agência bancária da rua Tutóia, em São Paulo (SP). Para a investigação houve quebra de sigilos bancários e de e-mails dos acusados pela PGR.

Encontros e medo da prisão - Ainda conforme a denúncia revelada no Jornal Nacional, a mensagens do Instituto Lula apontam que o ex-presidente e Delcídio se reuniram cinco vezes entre abril e agosto do ano passado para tratar da "compra do silêncio" de Cerveró, diante das investigações da Lava Jato.

Em delação de Delcído, foi dito que Lula temia que a Lava Jato levasse à prisão ele próprio, Delcídio e do pecuarista José Carlos Bumlai - em entrevista ao Roda Vida, da TV Cultura, Delcídio revelou que Lula conheceu Bumlai após a gravação de um programa eleitoral sobre o agronegócio na fazenda de Bumlai.

Através da quebra de sigilo telefônico, foi possível descobrir Lula e Bumlai conversaram várias vezes. Diante das evidências coletadas, a Procuradoria Geral concluiu a obstrução à investigação criminal, com Lula exercendo liderança na organização, que envolvia também Delcídio, André Esteves, Edson de Siqueira Ribeiro, Diogo Ferreira e Bumlai e filho.

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