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Política

Prefeito tem dificuldade de encontrar líder e aumentam os independentes

Antonio Marques | 24/05/2015 12:43
O vereador Chiquinho Telles (PSD) disse que a decisão de assumir liderança do prefeito seria algo muito delicado no momento (Foto: Divulgação/Câmara Municipal)
O vereador Chiquinho Telles (PSD) disse que a decisão de assumir liderança do prefeito seria algo muito delicado no momento (Foto: Divulgação/Câmara Municipal)

O Vereador Chiquinho Telles (PSD) seria apenas mais um parlamentar a recusar o convite para ocupar a liderança do prefeito na Câmara Municipal, cargo renunciado, nessa semana, pelo vereador Edil Albuquerque (PMDB). Na lista dos convidados, que teriam recusados, constariam Flávio César (PTdoB) e Carlão (PSB).

O vereador Carlão também rejeitou o convite para ser líder. Segundo ele, o secretário Valtermir Brito chegou a convidá-lo, mas ele respondeu não ter condições de assumir no momento “considerado delicado. Vou continuar votando em favor de Campo Grande”, reiterou. Carlão disse ainda que seu partido (PSB) prefere permanecer neutro e aliado da Capital.

Chiquinho Telles não confirmou se o prefeito fez o convite diretamente, mas disse que “havia rumores sobre a possibilidade”. Ele disse que foi procurado pelo secretário Valtemir Alves de Brito, da Seinthra (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação), e que conversaram sobre a possibilidade dele assumir a vice-liderança do prefeito.

Segundo ele, um convite para assumir a liderança do prefeito Gilmar Olarte no momento seria pouco fora de hora, diante da crise financeira que a Prefeitura está passando. “No momento não dá pra analisar esse convite, mas se ele (prefeito) tomar atitudes drásticas na economia aí daria pra conversar. Senão fica difícil de aceitar”, declarou.

Sobre a situação financeira da Prefeitura, o vereador teria recomendado a Gilmar Olarte que juntasse algumas secretarias e cortasse parte dos comissionados, como forma de reduzir gastos e equilibrar as contas. Mesmo sendo da base do prefeito, Telles disse que assinou os requerimentos da CPI dos “Buracos”, a do Jatinho e a das “Contas Públicas”.

Para Chiquinho Telles, os vereadores Delei Pinheiro e Ademar Vieira Junior, o Coringa, ambos do PSD, teriam mais possibilidades de assumir a liderança do prefeito, por terem indicados nomes para a Agência Municipal de Habitação e para secretaria da Juventude, respectivamente.

Na opinião de Chiquinho Teles, a proposta de Comissão Processante no momento seria avançar o sinal. Para ele, o mais correto será concluir os trabalhos da CPI das Contas Públicas e, depois, se houver necessidade abrir a processante. “As duas ao mesmo tempo é queimar cartucho antes do tempo”, comentou, lembrando que no processo de cassação do ex-prefeito Alcides Bernal (PP) houve primeiro a CPI do “Calote” e na sequência foi aberta a Comissão Processante.

Nas últimas semanas, pelos menos dez vereadores da base aliada declararam independência ao governo de Gilma Olarte. Os mais recentes foram Paulo Siufi, por discordar do corte de gratificações nas salários dos médicos e Vanderlei Cabeludo, ambos do PMDB. Mas no time dos independentes estariam, Carla Stephanini (PMDB), Eduardo Romero (PtdoB), Chocolate (PP), Carlão (PSB), Betinho e Gilmar da Cruz (ambos do PRB), professor João Rocha (PSDB), além de Chiquinho Telles, que seria o primeiro dos parlamentares do PSD.

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