Prefeito veta compra de prédio e defende volta de vereadores ao Paço
O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), afirmou que não concorda com a possível compra do imóvel que atualmente abriga a Câmara Municipal e que os vereadores vão “voltar para casa”, insinuando que levará os parlamentares para o Paço Municipal provisoriamente até que a construção de uma sede própria seja concluída.
Bernal disse que a verba repassada à Casa de Leis, denominada como duodécimo, não é destinada à compra de bens e que o presidente da Câmara, vereador Mario Cesar (PMDB), está se esquecendo disso.
“O Mario Cesar se esquece de que o recurso, a titulo de duodécimo, que soma quase R$ 5 milhões por mês, é para manutenção e custeio e não para aquisição de bens, muito menos de imóveis cuja avaliação está sendo questionada”, explicou.
Além disso, conforme o chefe do Executivo, a Casa não tem personalidade jurídica para tomar este tipo de decisão e, por isso, precisa do aval da prefeitura. “Se a Câmara não utilizam esse recurso para tratar das próprias despesas, então temos que investir a favro da população, com reforma de escolas, Ceinfs, postos de saúde e manutenção de nossos equipamentos”, opinou.
Bernal voltou a cogitar o prédio da antiga rodoviária como opção para evitar o despejo dos vereadores. “A avaliação (do imóvel onde estão) está sendo questionada tanto judicial quanto moralmente. Precisamos de um local adequado, se for a antiga rodoviária, por exemplo, vai ajudar a revitalização da região”, avaliou.
Despejo - Os vereadores têm até outubro para resolver qual será a nova sede da Casa. O “despejo” foi determinado pela Justiça devido ao acumulo de aluguéis que não foram pagos desde 2007. Hoje a dívida este avaliada em R$ 11 milhões, segundo os advogados da proprietária do prédio, a empresa Haddad Engenheiros Associados, e ainda não foi paga.